Growth, maturation and sport-specific motor skills in youth female basketball: impact of ball size and distance to the basket

Abstract

The present Thesis aimed to evaluate the basketball shot performance according to variation of the shooting distance and ball size manipulation through a kinematic analysis. The work was conducted in a sample of 27 adolescent female basketball players aged 12.1 ± 0.7 years (stature: 153.3 ± 8.0 cm; body mass: 48.8 ± 12.8 kg). The variation of the shooting distance was evaluated by comparing two shooting distances (4.75 m and 5.75 m). Participants performed ten attempts from each distance. Regarding ball size manipulation, the performance was compared between a smaller ball size (Wilson MVP Size 5, 480 g) and the standardized ball size for their age category (Wilson Evolution Size 6, 566 g). Participants performed ten attempts with each ball size. The kinematic analysis considered the ball release variables (angle, velocity, and height at ball release) and several parameters related to the shooters’ body segments organization (centre of mass displacement – horizontal and vertical, hip height, joints angular positions, and respective velocities). The ball size manipulation did not significantly influence the movement performance. Differences were observed in the joints’ angular positions and velocities, mainly due to the elbow and knee joints' higher peaks of angular velocities while shooting with the ball size 6. Also, participants presented a significantly greater shoulder flexion and a greater angle at ball release while performing with the size 6. On the other hand, the results suggest that several adjustment mechanisms emerge at longer shots on the basketball shot motor action. A significant movement variability was detected at longer shots, mainly due to the increase of the joints’ angular velocities. Greater shoulder flexion and elbow extension were observed at ball release at longer shots. The ball release velocity also increased to compensate for the longer trajectory to the basket. Since velocity increased at ball release, the angle consequently decreased. Participants were less effective while performing at a longer shooting distance. During the early stages of the basketball's long-term development, players should be incentivized to shoot from several ranges closer to the basket before increasing the distance from the basket. On the other hand, a more stable movement pattern was observed while performing with different ball sizes. Indeed, the variation of the ball weight and circumference may be used by coaches as a strategy for the acquisition and development of the shooting action, according to the youngsters’ physical characteristics or experience level. Knowing the mechanisms that support the basketball shot performance is crucial for coaches' ability to give feedback and enhance the shooters’ development. Additionally, a significant relationship was found between the upper-body strength (handgrip and 2 kg medicine ball throw) and the kinematic parameters, independently of the shooting conditions. Therefore, it is suggested that coaches should consider the strength development during the training sessions designed as part of the shooters’ improvement.

A presente Tese teve como principal objetivo a avaliação da performance do lançamento do basquetebol de acordo com a manipulação do tamanho da bola e com a variação da distância ao cesto. A amostra foi composta por 27 adolescentes do sexo feminino (idade: 12.1 ± 0.7 anos; altura: 153.3 ± 8.0 cm; peso: 48.8 ± 12.8 kg). A manipulação do tamanho da bola realizou-se através da comparação da performance com uma bola mais leve e pequena (Wilson MVP Size 5, 480 g) com o tamanho de bola estandardizado para este escalão etário (Wilson Evolution Size 6, 566 g). As participantes realizaram dez lançamentos com cada uma das bolas. A análise da influência da distância ao cesto foi realizada através da comparação da performance com o tamanho de bola estandardizado em duas distâncias de lançamento 4.75 m e 5.75 m. As participantes realizaram dez lançamentos em cada distância. A análise cinemática considerou as variáveis de saída da bola (ângulo, velocidade e altura), e vários parâmetros relacionados com a organização dos segmentos corporais da lançadora (deslocamento do centro de massa – horizontal e vertical, altura da anca, posições e velocidades angulares do ombro, cotovelo e joelho). Os resultados sugerem a performance de uma ação motora mais estável perante a manipulação do tamanho da bola. Os lançamentos realizados com a bola de tamanho 6 apresentaram maiores ângulos de saída da bola e maior flexão do ombro no momento de saída. Contudo, as diferenças nos parâmetros cinemáticos não foram acentuadas e a eficácia manteve-se inalterada. Em contraste, o aumento da distância ao cesto resultou no aumento das velocidades angulares das articulações em análise, e consequentemente, o aumento da velocidade de saída da bola. O aumento da velocidade de saída da bola justifica-se pelo aumento da trajetória até ao cesto. Sumariamente, existiu maior variabilidade da performance da ação motora perante o aumento da distância de lançamento. Por fim, a análise das correlações entre a idade cronológica, os anos de experiência, a antropometria, e as capacidades funcionais, indicam a força dos membros superiores como um fator relevante para a performance do lançamento independentemente das condições de execução. Os resultados provenientes dos estudos conduzidos no âmbito desta Tese são de grande importância para os treinadores de basquetebol, nomeadamente para os que atuam nos escalões de iniciação/formação. O tamanho da bola poderá ser manipulado pelo treinador no sentido de corresponder às características físicas do jogador e ao seu nível de experiência. Por outro lado, os jogadores devem ser incentivados a lançar de diferentes zonas do campo próximo do cesto até à aquisição de um padrão de movimento estável, antes de se proceder ao aumento da distância. Os resultados destes estudos sugerem uma relação significativa entre a força do trem superior e os parâmetros cinemáticos. Assim, os treinadores devem considerar o desenvolvimento força no processo de treino, particularmente para o desenvolvimento e melhoramento dos lançadores.