Ocorrência de aflatoxina B1 em fígados e moelas de frangos de corte produzidos em Maputo

Abstract

Com o objectivo determinar a ocorrência de aflatoxina B1 em fígados e moelas de frangos de corte produzidos em Maputo, foram colectadas 508 amostras (294 figados e 214 moelas) nos sistemas de produção e abate de frango, industrial e local (comunitário). Os fígados foram primeiramente avaliados quanto à coloração e peso. A aflatoxina B1 nas amostras foi determinada através dos métodos, de cromatografia em camada delgada midificado, e de ELISA (MaxSignal®, Bioo Scientific Corporation). Foi observado que 43,9% dos figados amostrados apresentavam a coloração moderada, 38,8% a coloração normal e, 17,3% a coloração pálida, apresentando, respectivamente, um peso médio de 42,66±4,45 g, 40,06±5,07 g e 44,78±5,31 g, sendo estastisticamente diferente (P<0,0001). A aflatoxina B1 foi detectada em 39% das amostras de fígado e 13,8% de moela, sendo os níveis de contaminação, inferiores aos limites estabecelicidos na legislação. O nível de contaminação por aflatoxina B1 variou de 0,57 μg/kg a 3,80 μg/kg, com uma média de 1,54 μg/kg nos fígados e, 1,06 μg/kg nas moelas, não sendo observadas diferenças estatisticamente significativas entre os tipos de amostra e os locais de amostragem (P>0,05). Foi observada uma relação linear negativa entre a ocorrência da aflatoxina B1 nos fígados e os pesos. As baixas concentrações de aflatoxina B1 nas amostras de fígado e moela, pressupõe, que estes produtos não apresentam risco à saúde do consumidor. Mesmo assim, torna-se necessária a elaboração de programas de pesquisa de aflatoxinas tanto nas miudezas de frangos, como nas rações e, a optimização de métodos para a sua análise.