Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/13382
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dc.contributor.advisorFialho, Maria do Céu-
dc.contributor.advisorPortocarrero, Maria Luísa-
dc.contributor.authorLopes, Rodolfo Pais Nunes-
dc.date.accessioned2010-06-29T13:09:07Z-
dc.date.available2010-06-29T13:09:07Z-
dc.date.issued2009-
dc.identifier.citationLopes, Rodolfo Pais Nunes - O Timeu de Platão: mito e texto: estudo teórico sobre o papel do mito-narrativa fundacional e tradução anotada do texto. Coimbra, 2009en_US
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/10316/13382-
dc.descriptionDissertação de mestrado em Cultura Clássica, na especialidade de Cultura Clássica, apresentada à Fac. de Letras da Univ. de Coimbraen_US
dc.description.abstractGalileo, Kepler, and the atomists of the seventeenth century all rely not so much on the idea of creation in the Timaeus as on its mathematics. And the atomists in particular were justified in their recourse to the Timaeus. But even that does not change the fact that the Timaeus remained on the periphery of Plato's works and, more specifically, that its mythical narrative was not integrated into what, properly speaking, may be called Plato's dialectic. Thus a task is precisely set for us. We must make up for what has not been done and, in penetrating behind the form of the myth, we must make clear its relationship to Plato's dialectic as a whole (Gadamer, 1980, pp. 158-159). Abordar o Timeu sob uma perspectiva filosófica, literária ou de um ponto de vista que misture ambas as vertentes – tarefa tão necessária quanto difícil em qualquer contexto – requer, como pressuposto inicial, uma reinterpretação de algumas ideias admitidas ao longo dos tempos em relação tanto a obra em particular como ao próprio platonismo em geral. Esta é, afinal, uma consequência da eficácia histórica de qualquer texto ou corpus que, ao longo de vários séculos, perdura em diferentes épocas e períodos culturais como objecto de estudo e análise. Será esta a nossa proposta de leitura. No caso do Timeu, uma das questões que cumpre reconsiderar tem que ver com o mito; mais propriamente com o papel que este assume na arquitectura de um diálogo com um tão demarcado conteúdo filosófico, e, em última análise, com o modo como esse papel potenciará uma redefinição daquilo que se entende por “mito” em Platão. Com efeito, as leituras mais tradicionais fazem equivaler a esta modalidade narrativa expressões como “discurso falso”, “fábula”, “estória” ou “lenda”, implicando assim que os mitos não contribuem em nada para os desígnios da filosofia platónica. Desta forma, com base em algumas reflexões teóricas sobre o mito, pretendemos ensaiar uma abordagem, tão delicada quanto arrojada, que permita interpretar o Timeu de um modo mais desprendido de abordagens tradicionais, evitando, por outro lado, cair em anacronismos comprometedores; não se trata de reabilitar o mito do Timeu através de pressupostos posteriores ao texto, mas sim de relê-lo e reconsiderá-lo à luz desses pressupostos para perceber de que modo a interpretação deste problema possa seguir uma orientação diferente. Assim, na senda do que sugere Gadamer nesta epígrafe que citámos, tentaremos, ao longo destas páginas, averiguar em que medida esta proposta permite desvincular o diálogo, ainda que de forma mitigada, do tradicional rótulo de “tratado de Filosofia Natural”. É evidente que, independentemente do tipo de abordagem que lhe queiramos dedicar, o conteúdo principal do Timeu é e sempre será o fundamento da física platónica; ainda assim, tomando em consideração o modo tão particular como esse conteúdo está estruturado, cremos ser legítima uma abordagem para além da Filosofia Natural. Portanto, sabendo de antemão que se trata de uma empresa arriscada, entendemos que este aspecto, ainda que particular, exigiria um conjunto de meios acessórios que permitissem, de algum modo, sustentar tal incursão. Deste modo, considerámos necessário fazer acompanhar esta via de investigação, primeiro, de algumas páginas de reflexão teórica preliminar e, segundo, da tradução integral do texto. No primeiro caso, cremos ser absolutamente incontornável o esclarecimento prévio de alguns conceitos-base bem como do sentido em que entendemos esses conceitos, de modo a que a análise ao texto propriamente dita ficasse devidamente circunscrita a um determinado conjunto de orientações teóricas e, simultaneamente, afastada de ideias pré-concebidas que poderiam contaminar o sentido da investigação. Quando se trata de lidar com os mitos, essa necessidade é ainda mais evidente; em boa verdade, o que dissemos há pouco acerca das concepções tradicionais de mito como “discurso falso”, “fábula”, “estória” ou “lenda” não se aplica (ou tem aplicado) exclusivamente à concepção platónica dos mitos, mas também ao entendimento mais lato da palavra. Quanto ao segundo – a tradução – a sua inclusão neste projecto poderá causar alguma estranheza, principalmente pelo facto de ocupar a maior parte do volume de páginas. Contudo, cremos que, mais do que uma opção, a tradução integral do texto neste contexto constitui uma imposição. Se a proposta de uma nova leitura de um texto por meio de um estudo de um determinado elemento que diga respeito a toda a sua estrutura – como é o caso desta investigação – implica o enquadramento da posição defendida nesse estudo em todo o texto e não somente nas secções em que ela é mais evidente, a presença de todo o texto “ao lado”, por assim dizer, das páginas dedicadas ao estudo propriamente dito será obrigatória. Sabendo, portanto, que o texto em causa se situa num tempo e numa língua somente reconstituíveis por um processo de tradução, por um acto de relacionamento dos dois parceiros em causa – estrangeiro e leitor –, como diria Paul Ricoeur1, traduzi-lo será a única forma de trazê-lo a essa posição de “leitura lateral”. Por outro lado, visto que uma tradução será sempre parcial e dependente do modo como o tradutor lê o texto de partida, a orientação da investigação será obrigatoriamente a mesma que a da tradução, como se dela proviesse, pois, neste caso, tradutor e investigador coincidem na mesma entidade. Assim, a tradução do Timeu deve ser entendida não como fruto do estudo particular sobre o mito nem muito menos como simples anexo, mas sim como base de fundamentação; não será um resultado, mas um ponto de apoio. Finalmente, cumpre referir que a tradução, como é costume nos trabalhos de investigação em Estudos Clássicos, será precedida de um conjunto de observações e reflexões acerca do diálogo em si e de algumas as condições contextuais que o enquadram. Quanto a questões de ordem metodológica, cumpre referir dois aspectos: (1) para a tradução, seguimos a edição fixada por John Burnett (Burnett, 1962); no que respeita à numeração de Henri Estienne, pela qual costuma ser citado o corpus platonicum, decidimos colocá-la dentro do corpo de texto, em vez de na margem.en_US
dc.language.isoporen_US
dc.rightsopenAccessen_US
dc.subjectPlatão, 427-347 a.C. Timeuen_US
dc.subjectPlatão, 427-347 a.C -- obraen_US
dc.titleO Timeu de Platão: mito e texto: estudo teórico sobre o papel do mito-narrativa fundacional e tradução anotada do textoen_US
dc.typemasterThesisen_US
uc.controloAutoridadeSim-
item.grantfulltextopen-
item.openairecristypehttp://purl.org/coar/resource_type/c_18cf-
item.fulltextCom Texto completo-
item.openairetypemasterThesis-
item.cerifentitytypePublications-
item.languageiso639-1pt-
crisitem.advisor.deptFaculty of Arts and Humanities-
crisitem.advisor.researchunitCECH – Center for Classical and Humanistic Studies-
crisitem.advisor.researchunitCECH – Center for Classical and Humanistic Studies-
crisitem.advisor.orcid0000-0003-2115-9638-
crisitem.advisor.orcid0000-0002-1288-9535-
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FLUC Secção de Estudos Clássicos - Teses de Mestrado
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