Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/26969
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dc.contributor.advisorCanavarro, Maria Cristina-
dc.contributor.advisorPedrosa, Anabela Araújo-
dc.contributor.authorPires, Raquel Sofia Antunes-
dc.date.accessioned2014-09-25T13:51:04Z-
dc.date.available2014-09-25T13:51:04Z-
dc.date.issued2015-02-13-
dc.date.submitted2014-09-25-
dc.identifier.citationPIRES, Raquel Sofia Antunes - Percursos conducentes à maternidade adolescente em Portugal. Coimbra : [s.n.], 2015. Tese de doutoramento. Disponível na WWW: http://hdl.handle.net/10316/26969-
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/10316/26969-
dc.descriptionTese de doutoramento em Psicologia, no ramo de Psicologia Clinica, apresentada à Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra-
dc.description.abstractIntrodução: A maternidade adolescente continua a ser uma preocupação incontornável em diversos países desenvolvidos. Em função da diversidade e potencial magnitude das suas consequências, a fundamentação de políticas e práticas de saúde destinadas à sua prevenção e à minimização do seu impacto, bem como a adequação destas às necessidades de cada realidade sociocultural, têm sido amplamente recomendadas, quer nacional quer internacionalmente. Ancorada numa perspetiva desenvolvimental e ecológica, a presente investigação centrou-se nos percursos conducentes à maternidade adolescente em Portugal, procurando: 1) conhecer as trajetórias individuais na origem da maternidade adolescente nas diferentes regiões do país e 2) identificar fatores e processos explicativos dos comportamentos sexuais e contracetivos de risco para a ocorrência da gravidez, da decisão reprodutiva das jovens que engravidam e do seu ajustamento socioemocional durante a gravidez. Metodologia: A presente investigação é de natureza transversal. Recolhemos dados de 483 adolescentes (< 20 anos) grávidas, 177 que optaram pela interrupção voluntária da gravidez (IVG) e 883 sem história de gravidez, em 81 serviços de saúde e educação de todo o país. Para além de informações sociodemográficas e sobre outras áreas de vida (e.g., escolaridade/profissão, família, relações interpessoais, história sexual e reprodutiva), foram avaliados os processos de tomada de decisão relativos à gravidez/IVG, o impacto percebido da gravidez, a satisfação com o apoio social recebido e a sintomatologia depressiva e qualidade de vida experienciadas. Resultados: A nível nacional, as adolescentes engravidaram de forma mais frequente numa relação de namoro (duração média: 20 meses) com o primeiro parceiro sexual (em média 4 anos mais velho, fora do sistema de ensino e empregado), sem terem planeado a gravidez, utilizando contraceção e tendo identificado a falha na sua utilização. A nível regional, outras decisões/comportamentos foram igualmente prevalentes: a não-utilização de contraceção (Centro e Madeira), a utilização de contraceção sem identificação da falha que esteve na origem da gravidez (Madeira) e o planeamento da gravidez (Açores e Alentejo). A maioria das jovens que prosseguiram uma gravidez não planeada contactou com os serviços de saúde após as 10 semanas de gravidez (i.e., sem enquadramento legal para IVG). Entre as que tiveram essa oportunidade, apenas uma minoria ponderou realizar uma IVG. Algumas variáveis relacionadas com o sistema familiar (i.e., estrutura familiar e/ou história materna de gravidez adolescente), religioso (i.e., afiliação/envolvimento com uma religião) e escolar (i.e., situação escolar/habilitações literárias), bem como com as áreas de residência das jovens (i.e., urbana vs. rural), contribuíram para todas as decisões/comportamentos analisados. No entanto, o risco para cada um deles variou em função de diferentes combinações de fatores e processos, refletindo o contributo de diversas outras variáveis (relativas ao desenvolvimento da jovem, à família, às relações interpessoais, à área de residência e às circunstâncias culturais e históricossociais) e a interdependência da sua ação. O ajustamento socioemocional das jovens que prosseguiram a gravidez variou de acordo com a perceção destas acerca do impacto da gravidez nas suas vidas, sendo o apoio social da mãe da jovem e do pai do bebé importantes fatores protetores. Conclusões: Estes resultados reforçam a importância de evitar visões estereotipadas da maternidade adolescente e, em alternativa, investir em políticas de saúde abrangentes, diversificadas e sensíveis às especificidades de cada região. Em primeiro lugar, afigura-se a necessidade de investir na prevenção de diferentes decisões/comportamentos sexuais e contracetivos e de potenciar a inclusão da população masculina em maior risco de estar envolvida nesta problemática nas ações delineadas. Fica também evidente a importância de fomentar a qualidade da decisão reprodutiva das jovens que engravidam (e.g., através da sensibilização para o despiste precoce da gravidez e da promoção de momentos de reflexão guiada e desenvolvimentalmente adequada acerca das alternativas existentes nos serviços especializados). Estes esforços deverão ser acompanhados de outros, mais vastos e continuados, que visem modificar fatores e processos de risco distais para a maternidade adolescente; será necessário atender não só aos fatores que contribuem para todas as decisões/comportamentos que podem estar na origem da maternidade, como também àqueles que assumem papéis de destaque em cada um deles e aos diferentes padrões de risco que poderão conduzir a um mesmo resultado. Por fim, sobressai a necessidade de identificar precocemente as jovens com perceções negativas acerca do impacto da gravidez, de forma a promover o seu ajustamento socioemocional; a promoção de um apoio satisfatório por parte do pai do bebé e/ou da mãe da jovem poderá ser essencial a este nível.por
dc.description.abstractBackground: Adolescent motherhood remains a major concern in many developed countries. Given the diversity and potential magnitude of its consequences, it has been widely recommended, both nationally and internationally, that health policies and practices aiming to prevent this phenomenon and to minimize its impact are grounded in scientific evidence and suited to the needs of each sociocultural group. Based on a developmental and ecological perspective, this research focused on the pathways leading to adolescent motherhood in Portugal, with the aim of: 1) knowing the individual trajectories leading to adolescent motherhood in different regional areas, and 2) identifying factors and processes explaining sexual and contraceptive behaviors that increase the risk of pregnancy, the reproductive decision of the adolescents who become pregnant, and their socioemotional adjustment during pregnancy. Methods: This research had a cross-sectional design. We collected data from 483 adolescents (< 20 years old) that were pregnant, 177 who opted for induced abortion, and 883 with no history of pregnancy, in 81 health and educational services throughout the country. In addition to sociodemographic data and information on other areas of life (e.g., education/occupation, family, interpersonal relationships, sexual and reproductive history), we assessed the decision-making processes related to pregnancy/abortion, the perceived impact of pregnancy, the satisfaction with social support, and depressive symptoms and quality of life during pregnancy. Results: At the national level, most adolescents became pregnant while in a romantic relationship (average length: 20 months) with their first sexual partner (on average 4 years older than themselves, out of school, and employed), had not planned the pregnancy, used contraception, and identified the reason for contraceptive failure. At the regional level, other decisions/behaviors were equally prevalent: the non-use of contraception (Center and Madeira), the use of contraception without identifying the contraceptive failure that led to pregnancy (Madeira), and planning the pregnancy (Azores and Alentejo). Most adolescents who continued an unplanned pregnancy contacted healthcare services after the 10th week of pregnancy (i.e., outside the legal framework for induced abortion on women’s demand). Among those within the legal framework for induced abortion, only a minority considered it. Some variables related to the family (i.e., family structure and/or maternal history of adolescent pregnancy), religion (i.e., religious affiliation/involvement) and school systems (i.e., school status/educational level), as well as place of residence (i.e., urban vs. rural), contributed to all decisions/behaviors analyzed. However, the risk to each decision/behavior varied according to different combinations of factors and processes, highlighting the contribution of several other variables (related to adolescents’ development, family, interpersonal relationships, place of residence, and cultural and historical-social contexts) and the interdependence of their action. The socioemotional adjustment of the adolescents who continued the pregnancy varied according to their perception of the impact of pregnancy, and the social support from the adolescent’s mother and from the baby’s father were important protective factors. Conclusions: These results highlight the importance of avoiding stereotyped visions of adolescent motherhood and, alternatively, of investing in comprehensive and varied health policies that are sensitive to the needs of each regional area. First, it seems necessary to invest in the prevention of different sexual and contraceptive decisions/behaviors, enhancing the inclusion of the male population at greater risk of being involved on adolescent motherhood. Evident is also the importance of promoting the quality of the reproductive decisions of the adolescents who become pregnant (e.g., by raising awareness of early pregnancy diagnosis and promoting a guided and developmentally appropriate reflection about the available options in specialized services). These efforts should be accompanied by other, broader and ongoing, aiming to modify factors and processes of distal risk for adolescent motherhood; it is necessary to consider not only the factors that contribute to all decisions/behaviors that may lead to motherhood, but also those who have prominent roles in each of these decisions/behaviors and the different risk patterns that may lead to the same result. Finally, there is a clear need for the early identification of pregnant adolescents with negative perceptions of the impact of pregnancy in their lives, in order to promote their socioemotional adjustment; promoting a satisfactory support from the baby’s father and/or the adolescent’s mother may be essential at this level.por
dc.description.sponsorshipFCT - SFRH/BD/63949/2009-
dc.language.isoporpor
dc.rightsopenAccess-
dc.subjectmaternidade adolescentepor
dc.subjectcomportamento sexual e contracetivopor
dc.subjectdecisão reprodutivapor
dc.subjectajustamento socioemocionalpor
dc.subjectadolescent motherhoodpor
dc.subjectsexual and contraceptive behaviorpor
dc.subjectreproductive decisionpor
dc.subjectsocioemotional adjustmentpor
dc.titlePercursos conducentes à maternidade adolescente em Portugalpor
dc.typedoctoralThesis-
dc.identifier.tid101518196-
item.languageiso639-1pt-
item.fulltextCom Texto completo-
item.grantfulltextopen-
item.openairecristypehttp://purl.org/coar/resource_type/c_18cf-
item.openairetypedoctoralThesis-
item.cerifentitytypePublications-
crisitem.author.orcid0000-0002-4674-0245-
crisitem.advisor.researchunitCenter for Research in Neuropsychology and Cognitive Behavioral Intervention (CINEICC)-
crisitem.advisor.researchunitCenter for Research in Neuropsychology and Cognitive Behavioral Intervention (CINEICC)-
crisitem.advisor.parentresearchunitFaculty of Psychology and Educational Sciences-
crisitem.advisor.parentresearchunitFaculty of Psychology and Educational Sciences-
crisitem.advisor.orcid0000-0002-5083-7322-
crisitem.advisor.orcid0000-0002-1141-6015-
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