Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/32338
Title: Gandhian Democratisation: An Account against Political Colonisation
Authors: Gianolla, Cristiano 
Orientador: Santos, Boaventura de Sousa
Mendes, José Manuel
Ruocco, Giovanni
Keywords: colonialismo-político; movimento-partido; linha abissal política; democratização da democracia; democratização Gandhiana; political-colonialism; democratisation of democracy; Gandhian democratisation; democratizzazione Gandhiana
Issue Date: 20-Mar-2017
Citation: GIANOLLA, Cristiano - Gandhian democratisation : an account against political colonisation. Coimbra : [s.n.], 2017. Tese de doutoramento. Disponível na WWW: http://hdl.handle.net/10316/32338
Project: info:eu-repo/grantAgreement/EC/FP7/269807/EU 
Abstract: A presente investigação crítica da teoria democrática, parte da perspetiva que muito do que é considerado geralmente aceite, conhecido, inevitável ou factual não fica gravado em pedra e que a democracia (teórica e prática) deve fortalecer a sua capacidade de inclusão desde a base para democratizar-se. As práticas e as perspetivas realistas dos regimes da democracia liberal estão amplamente na base do conceito dominante de democracia; este trabalho desafia-as, questionando categorias como povo, representação, elite e populismo. Esta pesquisa analisa a relação entre liberalismo e democracia e a ‘crise do liberalismo político’ emergindo como causa de várias formas de opressão e de exclusão, que a teoria democrática tradicional condena mas sem conseguir resolver. A pesquisa questiona o entendimento do cânone democrático liberal como um sistema de ‘colonialismo-político’. Este consiste num fracionamento estrutural da sociedade entre um limitado número de representantes e um avultado número de representados, tendo estes um reduzido poder político em comparação com o dos representantes. Este estudo questiona o carácter histórico, filosófico, social e político do colonialismo-político e explora a alternativa proposta por M.K. Gandhi. A proposta civilizacional de Gandhi desafia o colonialismo-político e propõe um paradigma participativo, descentralizado e baseado no dever numa visão holística da sociedade. A alternativa de Gandhi à hegemonia de potência e à separação estrutural entre representantes e representados procura promover condições relacionais da política, associando a riqueza, ética, paixão e espiritualidade. O assassinato de Gandhi abreviou drasticamente as condições e o perímetro de implementação prática das suas ideias democráticas, apesar de serem fortemente estimulantes. Embora a consolidação de uma alternativa geral da teoria da democratização – que permita enfrentar o colonialismo-político – pareça ser impossível e indesejável; um número de ativistas, movimentos e organizações sociopolíticas estão a proporcionar porções de inovação relevantes para investigar a democratização. As epistemologias do sul – elaboradas por Boaventura de Sousa Santos – constituem um grupo de investigações teóricas e metodológicas que pesquisam, valorizam e traduzem as ‘emergências’ fragmentadas que lutam contra o colonialismo-político. Este trabalho correlaciona, criticamente, as lutas intelectuais e políticas para a democratização da democracia, através da ação das epistemologias do sul, avaliando e comparando os seus sucessos e fracassos. O trabalho empírico tem como foco os ‘movimentos-partido’ que são forças políticas que emergem da sociedade civil e que participam na política representativa. Os seus discursos simbolizam posturas criticas contra o colonialismo-político, e apresentam práticas para a integração da sociedade através de processos participativos, que dialogam com a estrutura representativa. O material etnográfico recolhido, (no total de 11 meses), foi produzido com dois movimentos-partido, o Aam Aadmi Party (AAP – partido da pessoa comum) indiano e o Movimento 5 Stelle (M5S – o movimento 5 estrelas) italiano. A recolha de dados qualitativos foi aplicada através da metodologia reflexiva desde a base dos movimentos-partido para o nível nacional (e no caso de M5S a nível europeu). A análise foca seis categorias: povo, estrutura-liderança, onda ética, participação e horizontalidade-inclusão e linha política. O AAP herdou a abordagem Gandhiana de India Against Corruption, uma campanha nacional liderada pelo ativista social Anna Hazare, que Arvind Kejriwal apoiou até 2012, quando fundou o AAP com outros ativistas sociais. O M5S emergiu através da carreira do comediante Beppe Grillo e do especialista da internet Gianroberto Casaleggio. A ‘democratização Gandhiana’ aqui apresentada é só uma, bastante parcial, de muitas outras possibilidades (até eventualmente contraditórias) que formam a herança rica e multifacetada de Gandhi, é, uma categorização analítico-perspética aplicada à comparação. Enquanto Gandhi propôs uma abordagem sociopolítica estrutural, alternativa, vasta e metafisicamente fundada ao colonialismo político, AAP e M5S tentam relacionar-se com o sistema existente para democratizá-lo. Apesar de o M5S não fazer nenhuma referência estrutural à teoria de Gandhi, partilha largamente o discurso de democratização do AAP. A riqueza desta tese surge da tradução sul-norte proporcionada pelas epistemologias do sul entre a alternativa civilizacional de Gandhi e os fragmentos de inovação que emergem do discurso político experimental dos movimentos-partido.
a presente indagine critica della teoria della democrazia parte dalla prospettiva che molto di ciò che è ampiamente considerano come noto, inevitabile o fattuale, non è scritto nella roccia e che la democrazia (teorica e pratica) deve rafforzare la sua capacità di inclusione partendo dal basso per poter democratizzare se stessa. Le pratiche e le prospettive realiste dei regimi democratico liberali sono largamente alla base del concetto tradizionale di democrazia; questo lavoro le mette in discussione questionando categorie, come il popolo, la rappresentanza, l’élite ed il populismo. Esso analizza il rapporto tra liberalismo e democrazia e la ‘crisi del liberalismo politico’ che evince come radice causale di diverse forme di oppressione e di esclusione che la teoria democratica tradizionale condanna senza essere in grado di affrontare. La ricerca questiona la comprensione del canone liberal democratico in quanto sistema di ‘colonialismo-politico’. Esso consiste in un frazionamento strutturale della società tra i pochi rappresentanti e i molti rappresentati, in cui questi ultimi hanno un potere politico molto limitato rispetto ai primi. Lo studio indaga il carattere storico, filosofico, sociale e politico del colonialismopolitico ed esplora l'alternativa proposta da M. K. Gandhi. La proposta civilizzazionale di Gandhi affronta il colonialismo-politico e fornisce un paradigma partecipativo, decentrato e basato sul dovere in una visione olistica della società. L'alternativa di Gandhi all'egemonia di potenza e alla separazione strutturale tra rappresentanti e rappresentati favorisce le condizioni relazionali della politica, che conciliano la ricchezza, l’etica, la passione e la spiritualità. L'assassinio di Gandhi ha drasticamente ridotto le condizioni e il perimetro di applicazione pratica delle sue idee democratiche; tuttavia esse sono fortemente stimolanti. Mentre il consolidamento di una teoria generale alternativa di democratizzazione - in grado di affrontare il colonialismo-politico - sembra impossibile e indesiderabile, un certo numero di attivisti, movimenti e organizzazioni socio-politiche stanno fornendo porzioni di innovazione rilevante per indagare la democratizzazione. Le epistemologie del sud – elaborate da Boaventura de Sousa Santos – sono un insieme di indagini teoriche e metodologiche che cercano, valorizzano e traducono le ‘emergenze’ frammentate che lottano contro il colonialismo-politico. Mobilitando le epistemologie del sud, il lavoro si impegna in modo critico con le lotte intellettuali e politiche per democratizzare la democrazia valutando e confrontando i loro successi ed i loro fallimenti. Il lavoro empirico si concentra sui ‘movimenti-partito’ che sono forze politiche emergenti dalla società civile e che partecipano alla politica rappresentativa. I loro discorsi simbolizzano posizioni critiche contro il colonialismo-politico e propongono delle pratiche per il coinvolgimento della società nei processi partecipativi, che dialogano con la struttura rappresentativa. Il materiale etnografico raccolto (in un totale di undici mesi) è stato prodotto con due movimenti-partito, l’Aam Aadmi Party (AAP – Partito della Persona Comune) indiano ed il Movimento 5 Stelle (M5S) italiano. La raccolta di dati qualitativi con una metodologia riflessiva è stata applicata dalla base dei movimenti-partito al livello nazionale (ed europeo nel caso del M5S). L'analisi si concentra su sei categorie: popolo, struttura-leadership, ondata etica, partecipazione, orizzontalità-inclusione e linea-politica. AAP ha ereditato l'approccio Gandhiano di India Against Corruption, una campagna nazionale guidata dall’attivista sociale Anna Hazare, che Arvind Kejriwal ha sostenuto fino al 2012, quando ha fondato AAP con altri attivisti sociali. Il M5S emerse attraverso la combinazione della carriera del comico-attivista Beppe Grillo e dello specialista internet Gianroberto Casaleggio (1954-2016). La ‘democratizzazione Gandhiana’ qui elaborata è solo una, molto parziale, delle molteplici possibilità (anche contraddittorie) che formano l’eredità ricca e sfaccettata di Gandhi; è una categorizzazione analitico prospettica applicata alla comparazione. Mentre Gandhi propose un approccio socio-politico strutturale, alternativo, vasto e metafisicamente fondato al colonialismo-politico, AAP e M5S tentano di impegnarsi con il sistema esistente, al fine di democratizzarlo. Oltre al fatto che il M5S non fa alcun riferimento strutturale diretto alla teoria di Gandhi, esso condivide gran parte del discorso di democratizzazione con AAP. La ricchezza della tesi nasce dalla traduzione sud-nord proporzionata dalle epistemologie del sud tra l’alternativa civilizzazionale di Gandhi ed i frammenti di innovazione emergenti dal discorso politico sperimentale dei movimenti-partito.
Description: Tese de doutoramento em cotutela, na área de Democracia no séc. XXI, apresentada à Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e à "Sapienza", Università di Roma
URI: https://hdl.handle.net/10316/32338
Rights: openAccess
Appears in Collections:I&D CES - Teses de Doutoramento
UC - Teses de Doutoramento
FEUC- Teses de Doutoramento

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