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https://hdl.handle.net/10316/45263
Title: | Evolução do conceito de sepsis | Authors: | Neves, Joana Brites Rodrigues Rangel | Orientador: | Pimentel, Jorge | Keywords: | Sepsis; Epidemiologia; Diagnostico; Fisiopatologia | Issue Date: | Jan-2009 | Abstract: | Este trabalho tem por objectivo a revisão de artigos, de publicação recente, sobre o
conceito de sepsis, que engloba a sua epidemiologia, definição, fisiopatologia e tratamento,
apresentando de uma forma sintetizada o que actualmente se preconiza para a sua abordagem
terapêutica inicial. A sepsis apresenta uma elevada incidência e mortalidade que acarreta
elevados custos por doente e, apesar das evoluções no sentido de um diagnóstico cada vez
mais precoce e terapêuticas mais dirigidas, a melhoria a nível da mortalidade e morbilidade é
inferior ao esperado.
Atinge actualmente 750.000 doentes nos E.U.A. por ano, matando mais de 200.000,
sendo a décima causa de morte neste país. Em 1992, Bone et al. (1992) publicaram o
resultado da primeira Conferencia de Consenso realizada com o objectivo de uniformização
do conceito que possibilitasse um diagnóstico mais precoce, surgindo assim o conceito de
Síndrome da Resposta Inflamatória Sistémica (SIRS). Sepsis é definida como SIRS quando a
causa é infecciosa, e surgem ainda os conceitos de sepsis grave, choque séptico e disfunção
múltipla de órgãos, anulando-se definições como septicemia e síndrome séptico. Estas
mesmas definições são revistas em 2003 pela International Sepsis Definitions Conference,
face às limitações encontradas e à necessidade de definições mais práticas. De um modo geral
as definições têm-se mantido as mesmas desde então, com ligeiras alterações nos parâmetros
clínicos avaliados. Diversos métodos de avaliação e estratificação de gravidade e prognóstico
têm sido desenhados, como sendo o SOAP e o APACHE II, e SAPII, respectivamente, com
objectivos como administrar terapêuticas dirigidas ao estado de gravidade, e inclusão de
doentes em ensaios clínicos de novas terapêuticas, criando grupos mais homogéneos.
Quanto à fisiopatologia, muitas investigações foram realizadas para a conhecermos
como é hoje, dando importância a uma tríade de fenómenos que ocorre na sepsis, e que conduz a infecção generalizada a um estado de falência de múltiplos órgãos, que é a
interligação e influência da infecção no aumento da inflamação e coagulação e diminuição da
fibrinólise, tendo a lesão endotelial um papel central.
Por último, e como repercussão de toda esta evolução, temos o aparecimento da
Surviving Sepsis Campaign (SSC) em 2004, realizada com a colaboração internacional de
diversas organizações e revista em 2008, cujo objectivo é fornecer guidelines para um
tratamento precoce, realizadas com base na evidência, com o intuito de melhorar o
prognóstico associado a este problema de saúde. The aim of this work is the revision of recent publications about the concept of sepsis, that includes the epidemiology, definition, physiopathology and management, presenting, in a synthesized way, what is now recommended to its initial therapy. Sepsis is a health problem with high incidence and mortality, which entails high costs per patient and, despite trends towards an increasingly early diagnosis and more targeted therapies, the impact at the level of mortality and morbidity is lower than expected. Currently affects 750,000 patients in the U.S., killing more than 200,000, and is the tenth leading cause of death in U.S. In 1992 Bone et al. (1992) published the result of the first Conferência de Consenso held with the aim of standardizing the concept to allow an early diagnosis, leading to the concept of systemic inflammatory response syndrome (SIRS). Sepsis is defined as SIRS when the cause is infectious, and arise the concept of severe sepsis, septic shock and multiple organ failure, canceling up settings as septic syndrome and septicemia. Those definitions are revised in 2003 by the International Sepsis Definitions Conference, due to limitations and the need for more practical settings. In general, settings have remained the same since then, with slight changes in evaluated clinical parameters. Various methods of assessment and stratification of severity and prognosis have been designed as the SOAP, and APACHE II and SAPS II, respectively, with objectives as administer directed therapies to the state of severity and the inclusion of patients in clinical trials of new therapies, creating more homogeneous groups. About the physiopathology, several studies were conducted to know how it is today, giving importance to a triad of phenomena that occurs in sepsis, and the infection that leads to a widespread failure of many organs, which is the interconnection of infection in an increasing inflammation and clotting and decreasing fibrinolysis, having the endothelial injury a central role. Finally, and after all these developments, comes the Surviving Sepsis Campaign (SSC) in 2004, with the cooperation of various international organizations and revised in 2008, whose aim is to provide guidelines, held on the basis of evidence for early treatment with the goal of improving the prognosis associated with this health problem |
Description: | Trabalho final de mestrado integrado em Medicina, apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra | URI: | https://hdl.handle.net/10316/45263 | Rights: | openAccess |
Appears in Collections: | UC - Dissertações de Mestrado FMUC Medicina - Teses de Mestrado |
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