Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/81648
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dc.contributor.advisorPousada, Pedro Filipe Rodrigues-
dc.contributor.authorRuço, Ana Lucia Gonçalves-
dc.date.accessioned2018-12-08T00:26:24Z-
dc.date.available2018-12-08T00:26:24Z-
dc.date.issued2018-09-12-
dc.date.submitted2019-01-22-
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/10316/81648-
dc.descriptionDissertação de Mestrado Integrado em Arquitetura apresentada à Faculdade de Ciências e Tecnologia-
dc.description.abstractConsequente de um atribulado contexto social e cultural, o decorrer do século XIX e respetiva transição para o século XX na Europa, acompanha uma transformação brusca no campo da arquitetura, bem como nas formas de habitar burguesas. Escondido no seu invólucro privado, o habitante burguês revela, no início do século XIX, uma postura defensiva em relação à grande cidade, que cresce abruptamente no exterior urbano. Mais do que um lugar físico, esse interior positivo é uma prefiguração do sonho burguês, onde o habitante assegura que a sua identidade é preservada, dentro das quatro paredes da sua habitação, face à indiferença cosmopolita. Porém, o fim do século revela uma clara obsessão pela autoridade cultural e artística, culminando no período estilístico da Arte Nova. Ansioso pela arte, o habitante burguês entrega-se vivamente à originalidade das novas formas que, pretensiosamente decoradas e ornamentadas, acabam como todo o sentido de apropriação e identidade no interior doméstico. É nesse interior tenso que a personalidade do habitante é ofuscada pela arte, bem como pelos ideais artísticos do arquiteto que, inevitavelmente se refletem nas formas domésticas. Nesse sentido, o habitante vive “intoxicado” pelas formas inquietantes e deambulantes que se apoderam vivamente da sua mente. O orgânico funde-se com o inorgânico e o sonho funde-se com a realidade concreta. Para além de uma reflexão acerca da complexidade do interior habitado – já que representa a união entre a arquitetura e a componente psíquica do habitante – a presente dissertação aborda a imprudência estilística da Arte Nova, bem como a respetiva incompatibilidade entre o processo de uniformidade artística e as exigências do habitar. Representante da articulação contraditória entre o moderno e o arcaico, o período da Arte Nova não só questiona o papel do arquiteto na conceção do espaço doméstico, como evidencia a importância da apropriação do habitante nesse lugar tão pessoal. O que deveria ser uma representação da identidade do habitante é – nas representações artísticas da Arte Nova – um reflexo expressivo do individualismo do arquiteto, bem como das suas aspirações artísticas. Toda a plasticidade fantasiosa das conceções da Arte Nova, comprovam o caráter efémero e fugaz do estilo arquitetónico, bem como a necessidade do pensamento racional e funcional do arquiteto, especialmente na conceção do espaço doméstico. Nesse sentido, a presente dissertação procura refletir e responder à questão: de que forma o estilo arquitetónico e respetiva visão artística do arquiteto, pode influenciar e/ou romper, positiva ou negativamente, com o interior doméstico e respetivas formas de habitar?por
dc.description.abstractConsequence of a troubled social and cultural context, the course of the nineteenth century and its transition to the twentieth century in Europe, followed a sudden transformation in the architecture field, as well as in the ways of inhabiting bourgeois. Hidden in its private nest, the bourgeois inhabitant reveals, at the beginning of the nineteenth century, a defensive posture towards the great city, which grows abruptly in the urban surroundings. More than a physical place, this positive interior is a prefiguration of the bourgeois dream, the place where the inhabitant ensures that his identity is preserved within the four walls of his home, towards the cosmopolitan indifference. However, the end of the century reveals a clear obsession for cultural and artistic authority, culminating in the stylistic period of the Art Nouveau. Desiring for art, the bourgeois inhabitant surrenders lively to the originality of the new forms which, pretentiously decorated and ornamented, drastically disturbed the sense of appropriation and identity in the domestic interior. In this tense interior, the inhabitant's personality is overshadowed by the architect's artistic ideals, which are inevitably reflected in the domestic forms. In this sense, the inhabitant lives "intoxicated" by the disturbing and wandering forms of Art Nouveau style, where the organic merges with the inorganic, and the dream merges with concrete reality.In addition to reflecting on the complexity of the inhabited interior - since it represents the union between the architecture and the psychic component of the inhabitant - the present dissertation approaches the stylistic recklessness of the Art Nouveau and the consequent incompatibility between the artistic process and the requirements of domestic living. As a contradictory articulation between the modern and the archaic, the period of the Art Nouveau not only problematizes the architect's role in the design of the domestic space, as support the importance of the appropriation of the inhabitant in his personal and intimate place. What should be a representation of the inhabitant identity is - in the artistic representations of the Art Nouveau - an expressive reflection of the individualism of the architect as well as his artistic aspirations. The bizarre plasticity of the Art Nouveau conceptions proves the ephemeral and fleeting character of the architectural style, as well as the need for the rational and functional thinking of the architect, especially in the design of the domestic space.In this sense, the present dissertation seeks to reflect and answer the question: how can the architectonic style and the artistic vision of the architect influence and / or break, positively or negatively, the domestic interior and the respective ways of living?eng
dc.language.isopor-
dc.rightsopenAccess-
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/-
dc.subjecthabitarpor
dc.subjectinterior domésticopor
dc.subjectburguesiapor
dc.subjectestilopor
dc.subjectArte Novapor
dc.subjectdwelleng
dc.subjectdomestic interioreng
dc.subjectbourgeoisieeng
dc.subjectstyleeng
dc.subjectArt Nouveaueng
dc.titleInterior Habitado: utopia burguesa, Arte Nova e transição para o modernismopor
dc.title.alternativeInhabited Interior: bourgeois utopia, Art Nouveau and transition to modernismeng
dc.typemasterThesis-
degois.publication.locationDepartamento de Arquitetura da Universidade de Coimbra-
degois.publication.titleInterior Habitado: utopia burguesa, Arte Nova e transição para o modernismopor
dc.peerreviewedyes-
dc.identifier.tid202058344-
thesis.degree.disciplineArquitectura-
thesis.degree.grantorUniversidade de Coimbra-
thesis.degree.level1-
thesis.degree.nameMestrado Integrado em Arquitetura-
uc.degree.grantorUnitFaculdade de Ciências e Tecnologia - Departamento de Arquitectura-
uc.degree.grantorID0500-
uc.contributor.authorRuço, Ana Lucia Gonçalves::0000-0003-1496-2764-
uc.degree.classification19-
uc.degree.presidentejuriCorreia, Luís Miguel Maldonado de Vasconcelos-
uc.degree.elementojuriGil, Bruno Ricardo Abrantes-
uc.degree.elementojuriPousada, Pedro Filipe Rodrigues-
uc.contributor.advisorPousada, Pedro Filipe Rodrigues::0000-0002-6886-3166-
item.grantfulltextopen-
item.openairecristypehttp://purl.org/coar/resource_type/c_18cf-
item.fulltextCom Texto completo-
item.openairetypemasterThesis-
item.cerifentitytypePublications-
item.languageiso639-1pt-
crisitem.advisor.researchunitCES – Centre for Social Studies-
crisitem.advisor.parentresearchunitUniversity of Coimbra-
crisitem.advisor.orcid0000-0002-6886-3166-
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