Estilos Educativos Parentais e a sua relação com a inteligência emocional e bem-estar subjetivo: um estudo com adolescentes e adultos emergentes

Abstract

A influência parental para o desenvolvimento de habilidades emocionais e bem-estar dos seus filhos, é considerada como um fator importante para o desenvolvimento pessoal tanto da fase da adolescência como para os adultos emergentes, que se encontram no intermédio de uma fase de preparação para a vida adulta. Este estudo, tendo em conta estes dois grupos da faixa etária, pretende avaliar a dimensão da importância dos estilos educativos parentais e a sua relação com a inteligência emocional e o bem-estar subjetivo, tal como aferir relações básicas de predição entre variáveis, especialmente com as dimensões do bem-estar subjetivo. A amostra é composta por 398 estudantes, 193 do sexo feminino e 205 do sexo masculino. Com dois grupos de idades um com 143 adolescentes (15-18 anos) e outro com 255 adultos emergentes (18-25 anos). Os valores de consistência interna são equivalentes aos de outros estudos, sendo até nalgumas dimensões superiores. As diferenças entre estes dois grupos não são estatisticamente significantes o que justifica a aplicação de todas as escalas num espetro mais alargado de idades, algo também apoiado pela análise fatorial, porém não se verificou o mesmo com o género da amostra. O bem-estar subjetivo e os estilos educativos parentais correlacionam-se de forma fraca a moderada com a inteligência emocional. Os estilos educativos parentais sozinhos predizem em cerca de 23,7% a satisfação com a vida, que aumenta até 38,7% quando incluídas dimensões das escalas de inteligência emocional. Já o afeto positivo é predizído em no máximo 22,5% e o afeto negativo em 24,9% no máximo.

The parental influence for the development of emotional skills and well-being of their offspring is considered as an important factor in personal growth both in the adolescence phase, as well as in emerging adulthood, which are placed in between a preparation phase for the adult life. This study, regarding these two age groups, aims to evaluate the dimension of the importance of parenting styles and their relation with emotional intelligence and subjective well-being as well as to assess basic predictability between variables, especially with the dimensions of subjective well-being.The sample is comprised of 398 students, 193 female and 205 male. With two age groups, one with 143 adolescents (15-18 years), the other with 255 emerging adults (18-25 years). The internal consistency values (Cronbach’s alpha) are in pair with other studies, if not superior in some dimensions. The differences between these two groups are not statistically significant which justifies the use of the scales for a broader age range, something that is also supported by the factorial analysis, although that is not the case for gender. The subjective well-being and parenting styles correlate in a weakly to moderate fashion with emotional intelligence. The parenting styles alone predict about 23,7% of life satisfaction with increases up to 38,7% when dimensions from the emotional intelligence scales are included. The positive affect is predicted at a maximum of 22,5% and the negative affect to 24,9% maximum.