Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/92428
Title: Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele - análise do caso Saltão
Authors: Costa, Susana 
Keywords: Consciência forense; Conhecimento forense; Prova; Contaminação; Forensic awareness; Forensic knowledge; Evidence; Contamination
Issue Date: 2021
Publisher: Atena
Project: UID/SOC/50012/2013 
SFRH/BPD/108667/2015 
DL57/2016/CP1341/CT0004 
metadata.degois.publication.title: Direito: justiça, políticas públicas e as relações entre Estado e sociedade
metadata.degois.publication.location: Ponta Grossa
Abstract: Os documentos produzidos pela polícia medeiam os entendimentos entre a cena do crime e o tribunal. A polícia dá visibilidade a uma narrativa e atribui legitimidade à sua performance. A decisão de dar a ver certos aspetos da narrativa, deixando outros invisíveis depende, em larga medida, do conhecimento forense e da consciência forense dos atores envolvidos e pode ter repercussões na produção de uma prova robusta e, consequentemente, na sentença em tribunal. Este artigo baseia-se na análise de um caso de homicídio ocorrido em 2012 e julgado num tribunal português que ficou conhecido como o caso Saltão. Explorando este caso, cuja principal suspeita foi Ana Saltão, uma inspetora da Polícia Judiciária (PJ) acusada de matar a avó do marido, procurarei mostrar como a consciência forense foi mobilizada pela defesa e pela acusação de diferentes formas. Por um lado, a acusação e a polícia de investigação criminal construíram a sua narrativa baseando-se na sua intuição de que Ana Saltão era a principal e única suspeita do homicídio da senhora, justificando alguns dos contornos do crime com o conhecimento de Ana Saltão para não deixar vestígios. Por outro lado, a defesa de Saltão usou o seu próprio conhecimento como profissional da polícia para tornar visíveis as fragilidades da atividade policial, desconstruindo toda a prova recolhida, tentando vestir a pele da ovelha e transformando a polícia em lobo. Quem é o lobo? Quem é a ovelha?
The documents police officers produce mediate the understanding between the crime scene and the court. The police give visibility to the narrative and assigns legitimacy to its performance. The decision to give to see certain aspects of the narrative, leaving others invisible depends largely on the forensic knowledge and the forensic awareness of the actors involved, which may have repercussions in the production of robust evidence and, consequently, on the verdict. This paper is based in a qualitative analysis of a homicide case occurred in 2012, judged in a Portuguese court. Exploring this case, whose main suspect was Ana Saltão - a police officer, charged of murdering her husband grandmother, I will try to show how the forensic awareness was used by the defense and by the prosecution in different manners. On the one hand, the Public Attorney and the criminal investigation police constructed their narrative based on their confidence that Ana – the wolf, was the main and unique suspect of the murderer of the older woman, justifying some of the contours of the crime with Ana’s knowledge of how do not leave traces. On the other hand, Ana’s defense used her inner knowledge as a police professional to turn visible the fragilities of the police activity, deconstructing all the evidence collected, trying to dress the sheep skin and make the police in the wolf. Who is the wolf? Who is the sheep?
URI: https://hdl.handle.net/10316/92428
ISBN: 978-65-5706-719-2
DOI: 10.22533/at.ed.19221080110
Rights: openAccess
Appears in Collections:I&D CES - Livros e Capítulos de Livros

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