Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/93372
Title: Organização militar carolíngia. O exercício da guerra ao tempo de Carlos Magno (768-814)
Other Titles: Carolingian military organization. The practice of warfare at the time of Charlemagne (768-814)
Authors: Martins, Ana Laura de Oliveira Duarte
Orientador: Monteiro, João Manuel Filipe Gouveia
Keywords: História Militar; Organização Militar; Alta Idade Média; Reforma administrativa; Carlos Magno; Military History; Military organization; Early Middle-Ages; Administrative reform; Charlemagne
Issue Date: 23-Oct-2019
metadata.degois.publication.title: Organização militar carolíngia. O exercício da guerra ao tempo de Carlos Magno (768-814)
metadata.degois.publication.location: Faculdade de Letras, UC
Abstract: O fim do Império Romano do Ocidente veio alterar profundamente o cenário geopolítico europeu. Neste contexto, muitos foram os povos que se fixaram e afirmaram neste território, estabelecendo-se a ponte entre a Romanidade, a Germanidade e o Cristianismo. Os Francos assumiram, neste panorama, a maior preponderância, conferindo à Gália o estatuto de grande centro da Europa medieva ocidental. Numa sociedade belicista, é impossível conhecer o seu funcionamento sem ter em conta o modo de fazer a guerra. Assim, num primeiro momento revela-se essencial compreender o que o aparelho militar franco herdou de Roma, bem como o que se alterou. Uma vez estabelecidas as fundações deste sistema, estão criadas condições para entender o fenómeno de sucesso que foi o reinado de Carlos Magno.Entre 768 e 814, Carlos Magno construiu um currículo militar praticamente irrepreensível, o qual lhe permitiu colocar em prática uma política expansionista notável. No ano da sua morte, o seu império contava com sensivelmente o dobro dos territórios que tinha encontrado 46 anos antes. Contrariamente ao que se possa pensar, este sucesso não ficou a dever-se a grandes inovações táticas ou tecnológicas. Na verdade, deveu-se fundamentalmente a uma aposta sistemática numa reforma administrativa, também alicerçada em mecanismos de controlo que refletem um esforço de centralização incomum à época: as Capitulares assumiram-se como leis de carácter geral teórico; os missi dominici palmilharam o Reino dos Francos com o intuito de garantir a sua aplicação.Em simultâneo, os Carolíngios tinham consciência da importância do planeamento das campanhas, tanto mais dentro de uma realidade onde, à exceção das scarae, não existiam exércitos permanentes. Nesse sentido, criaram mecanismos que visavam conhecer com detalhe a realidade interna e externa, o que ajudava a eliminar o elemento surpresa da equação da guerra no Ocidente na transição dos sécs. VIII e IX.
The demise of the Western Roman Empire led to a profound change in the European geopolitical scene. In this context, many were the peoples that fixated themselves on the former roman territories, thus establishing the bridge between Roman, Germanic and Christian cultures. In this environment, the Franks acquired the most preponderant role, bestowing upon Gaul the status of Western Medieval Europe’s central core. In a deep belligerent society, it is impossible to truly know its ways of operating without taking into account its warfare traditions. Thus, in a first moment, it becomes essential understanding what the Franks inherited from Rome, as well as what changed. Once we establish these system foundations, we will have, as well, created the necessary conditions for better understanding the successful kingship of Charlemagne. Between 768 and 814, Charlemagne built an impressive military career, which allowed him to begin a notable expansionist enterprise. In the year of his death (814), the Carolingian empire had twice the area and territories that had been left to Charlemagne, at the moment of his accession, 46 years before. Contrasting with a more general thought, such success was not granted through tactical or technological breakthrough innovations. In fact, it was owned mostly to a systematic enforcement of an administrative reorganisation, also based upon mechanisms of control that reflected the effort of centralizing the power, unheard of at the time: the Capitularies became the general body of laws; the missi dominici wandered through out the Frankish Kingdom, enforcing their contents. On the other hand, the Carolingians were aware of the importance of campaign planning, importance that it was heightened in a reality where, with the exception of the scarae, there were no permanent armies. In this fashion, they devised mechanisms that enabled a better understanding of both the internal and external realities, thus allowing the removal of the element of surprise on the western European theatres of war, throughout the transition between the 8th to the 9th century.
Description: Dissertação de Mestrado em História Militar apresentada à Faculdade de Letras
URI: https://hdl.handle.net/10316/93372
Rights: embargoedAccess
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