How Should We Teach Design? The Studio Model and the Potential for its Development through Action Research

Abstract

O campo do design usa uma complexa combinação de conhecimento: prático, técnico, estético e cultural; engloba aspetos importantes, sejam eles objetivos ou subjetivos; e exige raciocínios que podem ser simultaneamente convergentes e divergentes. Como tal, o ensino de design requer uma abordagem holistica. O modo tradicional de ensino de design a nível universitário, que usa o studio model (adotado da arquitetura), encontra-se ameaçado face a restrições orçamentais e modelos de avaliação tendencialmente quantitativos. Face à tecnologia digital, a prática do design tem-se distanciado das bases no que concerne à criação de objetos físicos, tornando-se uma área cada vez mais virada para sistemas e comunicação e menos para produção material. Estas condições tornam a avaliação e o repensar do ensino de design tanto necessário como inevitável. Várias entrevistas exploratórias, aqui usadas com o propósito de traçar um retrato das práticas pedagógicas contemporâneas no ensino de design, e um caso de estudo baseado na minha experiência letiva na Universidade de Coimbra, compõem a abordagem qualitativa da investigação presente nesta tese. O quadro teórico que suporta esta abordagem abarca as origens, variações e características do studio model, formando a base a partir da qual é construída a discussão em torno deste formato de ensino. É feita uma análise do paradigma contemporâneo do ensino de design baseada no ponto de vista de variados autores, educadores e críticos, acerca do rumo que a educação de design deverá tomar. São igualmente estudadas as teorias de Experiential Learning, Reflective Practice e Action Research, as quais se argumenta serem relevantes na transição para este novo paradigma. Não obstante, os aspetos ideológicos da educação de design aqui analisados sugerem haver contradições e conflitos, tanto dentro das interpretações tradicionais como nas contemporâneas, que deverão ser resolvidos para que o pleno potencial da disciplina seja concretizado.

Design is a field that requires a complex mix of knowledge: practical, technical, aesthetic and cultural; it has important aspects that are objective and subjective; and demands ways of thinking that are at times both convergent and divergent. Education in design therefore requires a holistic approach. The traditional form of design education, which follows the studio model (borrowed from architecture) is under threat at universities, due to restricted budgets and an increasingly quantitative assessment model. At the same time, thanks to digital technology, design itself is increasingly distanced from its base in the creation of physical objects, becoming an area that is increasingly about systems and communication rather than material production. These conditions make an assessment and rethinking of design education both necessary and inevitable. This thesis addresses these issues through a mix of practice based and theoretical research methods. These include a series of exploratory interviews that are used to suggest a general picture of contemporary practices in design education, and a case study based on my teaching practice at the University of Coimbra. This qualitative investigation is supported by a theoretical framework that covers the origins, variations and characteristics of the studio model, which provides a basis upon which to build a discussion of this teaching format consisting of; an analysis of the contemporary paradigm of design education, based on the reading of a series of views by educators and critics on how design education should change; and the various interrelated theories of Experiential Learning, Reflective Practice and Action Research, which, it is argued, are relevant for the transition to this new paradigm. However, this thesis provides an analysis of the ideological aspects of design education that suggests there are inherent contradictions and conflicts both within the traditional and contemporary interpretations of its pedagogy that must be resolved if the potential of the discipline is to be realised.