Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/113689
Título: Resective Epilepsy Surgery and Respective Histopathological Diagnoses: A Retrospective Cohort Study
Outros títulos: Cirurgia de Epilepsia Ressectiva e Respetivos Diagnósticos Histopatológicos: Estudo de Coorte Retrospectivo
Autor: Jesus-Ribeiro, Joana 
Rebelo, Olinda 
Bento, Conceição
Pereira, Cristina Maria Gonçalves 
Robalo, Conceição 
Rito, Manuel
Pereira, Ricardo
Costa, José Augusto
Melo, Joana Barbosa 
Freire, António 
Santana, Isabel 
Sales, Francisco 
Palavras-chave: Epilepsy/pathology; Epilepsy/surgery; Neurosurgical Procedures; Epilepsia/cirurgia; Epilepsia/patologia; Procedimentos Neurocirúrgicos; Epilepsia/cirurgia; Epilepsia/patologia; Procedimentos Neurocirúrgicos
Data: 3-Abr-2023
Editora: CELOM
Título da revista, periódico, livro ou evento: Acta Medica Portuguesa
Volume: 36
Número: 4
Resumo: Introduction: Over recent decades, brain resection for drug-resistant epilepsy has proven to be a valuable treatment option. The histopathological classification was of paramount value for patient management. The aims of this study were to characterize our resective epilepsy surgical series including the histopathological diagnoses and to understand the differences in clinical practice between two different periods of our epilepsy surgical programme. Material and Methods: We performed a retrospective cohort study, including patients with drug-resistant epilepsy that underwent resective surgery between 1997 and 2021 in the Coimbra University Hospital Centre. Histopathological diagnoses were classified into seven major conventional categories. For comparison purposes, the cohort was divided into two consecutive periods of 12 years. Results: A total of 259 patients were included, from which 228 (88%) were adults at the time of surgery. The median disease duration prior to surgery was 14 (interquartile range 23) years. Fifty-five (21%) patients performed pre-surgical invasive work-up. The temporal lobe was the most frequently operated region (73%). Major and minor post-surgical complications were identified in 21 (8%) patients. A reduction in the number of antiepileptic drugs was possible in 96 (37%) patients after surgery. The most common histopathological diagnosis was hippocampal sclerosis, but among children it was long-term epilepsy associated tumour. Long-term epilepsy associated tumours, hippocampal sclerosis and vascular malformations had the best post-operative outcomes. Malformations of cortical development and glial scars had the worst outcomes. Regarding differences between the two periods, the absolute number of operated patients increased (119 versus 140), and the age at surgery was higher in the second period (p = 0.04). The number of malformations of cortical development increased (p = 0.01), but the number of other tumours (p = 0.01) and specimens with no lesion (p = 0.03) decreased in the same period. Conclusion: This study is in line with contemporaneous research, reinforcing the previous knowledge on the underlying structural aetiologies, clinical practice, and surgical outcomes over more than two decades of experience. Our data provide realistic expectations about epilepsy surgery and highlight the need for further improvements in diagnosis and treatment paradigm for people with chronic epilepsy.
Introdução: Nas últimas décadas, a cirurgia ressectiva demonstrou ser uma opção valiosa no tratamento da epilepsia farmacorresistente. A classificação histopatológica foi de grande importância na orientação do doente. Os objetivos deste estudo foram caracterizar a nossa série de cirurgia de epilepsia ressectiva incluindo os diagnósticos histopatológicos, e compreender as diferenças na prática clínica entre dois períodos diferentes do programa de cirurgia da epilepsia. Material e Métodos: Realizou-se um estudo de coorte retrospetivo, incluindo doentes com epilepsia farmacorresistente submetidos a cirurgia ressectiva entre 1997 e 2021 no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Os diagnósticos histopatológicos foram classificados em sete categorias. Para análise comparativa, a coorte foi dividida em dois períodos consecutivos de 12 anos. Resultados: Um total de 259 doentes foram incluídos, sendo 228 (88%) adultos aquando da cirurgia. A mediana da duração da doença antes da cirurgia foi de 14 (amplitude interquartil 23) anos. Cinquenta e cinco (21%) doentes realizaram investigação invasiva pré-cirúrgica. O lobo temporal foi a região mais frequentemente operada (73%). Complicações pós-cirúrgicas major e minor foram identificadas em 21 (8%) doentes. Uma redução no número de antiepiléticos foi observada em 96 (37%) doentes após a cirurgia. O diagnóstico histopatológico mais comum foi a esclerose do hipocampo, mas nas crianças foi o tumor associado a epilepsia de longa duração. Tumores associados a epilepsia de longa duração, esclerose do hipocampo e malformações vasculares tiveram os melhores resultados pós-operatórios. Malformações do desenvolvimento cortical e cicatrizes gliais tiveram os piores resultados. Relativamente às diferenças entre os dois períodos, o número absoluto de doentes operados aumentou (119 versus 140), e a idade aquando da cirurgia foi maior no segundo período (p = 0,04). O número de malformações do desenvolvimento cortical aumentou (p = 0,01), mas o número de outros tumores (p = 0,01) e amostras sem lesão (p = 0,03) diminuiu no mesmo período. Conclusão: Este estudo está de acordo com a literatura atual, reforçando o conhecimento prévio sobre as etiologias estruturais, prática clínica e resultados cirúrgicos ao longo de mais de duas décadas de experiência. Os dados analisados fornecem expectativas realistas sobre a cirurgia de epilepsia e destacam a necessidade de melhorias no paradigma de diagnóstico e tratamento destes doentes.
URI: https://hdl.handle.net/10316/113689
ISSN: 1646-0758
0870-399X
DOI: 10.20344/amp.18712
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:I&D ICBR - Artigos em Revistas Internacionais
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