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https://hdl.handle.net/10316/20122
Título: | Visita domiciliária : contributos da enfermagem na manutenção da amamentação | Autor: | Filipe, Maria de Fátima Serafim Soares | Orientador: | Gonçalves, Carlos Alberto | Palavras-chave: | Aleitamento materno; Visita domiciliária | Data: | 2011 | Citação: | FILIPE, Maria de Fátima Serafim Soares - Visita domiciliária : contributos da enfermagem na manutenção da amamentação. Coimbra : [s.n.], 2011 | Resumo: | A visitação domiciliária é uma estratégia comunitária que permite o estudo e intervenção
nas famílias no seu próprio espaço vital. Assim, o visitador domiciliário consegue ter uma
perspectiva global da família e dos seus recursos e pode atuar de forma holística. A
visitação domiciliária à puérpera e ao recém-nascido é defendida pela OMS, pelo PNS e
pelo Programa de Saúde Infantil como uma medida para contribuir para a saúde da
família, sendo ainda importante na promoção do aleitamento materno.
Este estudo teve como objetivo avaliar o contributo da visita domiciliária na prevalência do
aleitamento materno. Para isso, comparámos dois grupos, um alvo de visitação
domiciliária e o outro não. Estabelecemos ainda como objectivos deste estudo calcular a
prevalência do aleitamento materno aos 3 e aos 6 meses, e avaliar a influência das
variáveis sóciodemográficas e obstétricas nesta prevalência.
Este é um estudo quantitativo, correlacional de nível II. A colheita de dados foi feita
através da aplicação de um questionário às mulheres inscritas na USF Buarcos e USF S.
Julião, que tiveram parto no período de 1 de Janeiro de 2009 a 31 de Dezembro de 2010.
A nossa amostra foi composta por 108 mulheres, 51 das quais foram alvo de visitação
domiciliária e 57 que não foram.
A variável “visitação domiciliária”, as variáveis “sóciodemográficas” e “obstétricas”, na
nossa amostra não se revelaram estatisticamente significativas. No entanto, verificamos
associação positiva entre a “decisão de amamentar” e o conselho médico/enfermeiro, em
mais do dobro no grupo das mulheres visitadas.
Obtivemos uma prevalência de aleitamento materno exclusivo de 80% aos 3 meses, mais
elevado no grupo não visitado e de 27% aos 6 meses, mais elevado no grupo visitado.
A percentagem de mulheres que mantém o aleitamento materno além dos seis meses é
maior no grupo das visitadas (21,6%) do que no das não visitadas (18,5%).
A maior parte das mulheres interrompeu o aleitamento materno entre o terceiro e o sexto
mês. As razões evocadas com maior frequência foram a “falta de leite”, com idêntica
percentagem nos dois grupos e “motivos laborais” esta mais indicada pelas mulheres
visitadas.
Apesar de a maior parte das mulheres (43,1%) tenha considerado a primeira semana
como a altura ideal para a realização da visita domiciliária, verificamos que a maioria
(39,2%) foi efectuada entre os 8 e os 14 dias do bebé. Embora a visitação domiciliária não se tenha revelado estatisticamente significativa na
prevalência da amamentação exclusiva, esta foi mais elevada aos 6 meses no grupo de
mulheres visitado, e foi considerada uma estratégia de ensino “muito útil” por metade da
amostra estudada. Domiciliary visits are a communitarian strategy that provides the opportunity to study and work within families in their own environment. Thus, the domiciliary visitor is able to construct a global perspective of the family and their resources and can act holistically. Organisations such as WHO and national programmes, such as NHP (National Health Planning) and CHP (Child Health Programme), consider domiciliary visits to newborns and their mothers very important as they contribute to the whole family’s health and help promote breast feeding. Our study aims at evaluating the importance of domiciliary visits in the prevalence of breast feeding, by comparing a group which had domiciliary visits to another that didn’t have any visits. It was also our goal to determine the prevalence of breast feeding to babies at three and at six months old and understand whether social, demographic and obstetric variables can influence this prevalence or not. This is a second level correlative quantitative study. Data were collected by applying a questionnaire to women who had given birth from 1st January 2009 to 31st December 2010 and who were enrolled in the Family Health Unit of both medical centers of Buarcos and S. Julião. Our sample is made of one hundred and eight women. Fifty one had domiciliary visits and fifty seven didn’t. The variable “domiciliary visits” and the social, demographic and obstetric variables weren’t statistically significant to our sample. However, we can perceive in the majority of visited women that there is a connection in what concerns the decision of breast feeding and the nursing or medical advice to do so. We also realised that there is an 80% prevalence of exclusive breast feeding to three months old babies, being this percentage higher in the unvisited group, and there is also 27% prevalence to those to six months old, which is higher in the visited group. The percentage of women who keeps on breast feeding babies at six months old is higher in the visited group (21,6%) than in the unvisited one (18,5%). Most women interrupted breast feeding between the third and the sixth month allegedly due to “lack of milk”, which had identical percentage in both groups, and also due to professional reasons, mainly in the visited group. Although most women (43,1%) had considered the first week after birth as the perfect timing for the domiciliary visit, we realised that most visits occurred when babies were eight up to fourteen days old. Though domiciliary visits weren’t statistically proven to be significant to the prevalence of exclusive breast feeding, its rate was indeed higher through the first six months after birth in the visited group and it was also considered a useful teaching strategy by half of the studied sample. |
Descrição: | Dissertação de mestrado em Medicina (Saúde Pública), apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra | URI: | https://hdl.handle.net/10316/20122 | Direitos: | openAccess |
Aparece nas coleções: | UC - Dissertações de Mestrado FMUC Medicina - Teses de Mestrado |
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