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https://hdl.handle.net/10316/23762
Título: | Traduções de Little Women, de Louisa May Alcott, em Portugal, durante o Estado Novo | Autor: | Simões, Celeste Maria de Oliveira Costa Correia | Orientador: | Pedro Santos, Isabel Maria Hörster, Maria António |
Palavras-chave: | Louisa May Alcott; Tradução | Data: | 22-Jul-2014 | Citação: | SIMÕES, Celeste Maria de Oliveira Costa Correia - Traduções de Little Women, de Louisa May Alcott, em Portugal, durante o Estado Novo. Coimbra : [s.n.], 2013. Tese de doutoramento. Disponível na WWW: http://hdl.handle.net/10316/23762 | Resumo: | Esta tese decorre do Doutoramento em Estudos de Tradução, especialidade de Teoria, História e Práticas da Tradução, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, surgindo como conclusão de um percurso iniciado em 2006/2007, com a minha inscrição nesse Curso, e é fruto do meu interesse pela área da Tradução e pelos Estudos de Género.
O presente trabalho de investigação estuda as traduções portuguesas do romance Little Women, da escritora norte-americana Louisa May Alcott, realizadas e publicadas durante o Estado Novo (1933-1974). Inicialmente publicada em 1868 com o título Little Women or Meg, Jo, Beth and Amy, seguiu-se-lhe uma segunda parte, em 1869; em 1880, a editora Roberts Brothers juntou as duas sob o título único de Little Women or Meg, Jo, Beth and Amy – Parts I and II. Neste trabalho apenas se analisa a primeira parte, embora se faça referência, sempre que pertinente, às alterações sofridas na versão de 1880.
O estudo parte de um levantamento tão exaustivo quanto possível das traduções realizadas em Portugal durante o Estado Novo (1933-1974), que são objeto de caracterização. O corpus resulta de uma seleção efetuada de acordo com três critérios: as traduções terem sido publicadas dentro da baliza cronológica estabelecida, o da conceção das traduções enquanto romances juvenis e o caráter direto das traduções. Selecionaram-se assim para análise e comentários as seguintes traduções: 1.ª edição da Portugália Editora (1943), com tradução de Maria da Graça Moura Brás, a 4.ª reimpressão desta edição (s.d.), a tradução da Livraria Civilização (1957), sem identificação de tradutor/a, a obra Quatro Raparigas, da autoria de Maria Paula de Azevedo (1958), e a edição do Círculo de Leitores (1971), que segue o texto da Portugália Editora, com uma revisão de Mouro Pires.
O trabalho centra-se numa das personagens femininas do romance, Jo March, que, pelo seu temperamento e linguagem, pouco conformes com a imagem do feminino ideologicamente sancionada, levanta a questão do modo como terá sido olhada pelo aparelho ideológico no contexto de chegada, colocando-se a hipótese de manipulação nos textos portugueses, de acordo com o quadro ideológico do Estado Novo. Para testar esta hipótese, traçam-se as coordenadas ideológicas do período no que toca à imagem das mulheres e ao seu papel no contexto social.
Procedeu-se a um cotejo entre original e traduções, tentando apurar em que medida houve manipulação e consequente reconfiguração da personagem, o que permitiu identificar procedimentos e estratégias tradutivas diversas, mas em geral consonantes na sua dimensão ideológica. Procurou-se apurar os pontos de confluência e/ou divergência nas soluções encontradas pelos/as vários/as tradutores/as e a forma como as suas decisões influenciaram a leitura assim possibilitada aos/às leitores/as portugueses/as da obra Little Women.
Como metodologia mais produtiva, a presente tese segue uma abordagem de natureza empírica e descritivista, com base nos contributos dos Estudos Descritivos da Tradução. This thesis follows on from the Doctoral Degree in Translation Studies, major in Translation Theory, History and Practice, at the Faculty of Letters, University of Coimbra; it ends a path that has started with a registration in 2006/2007, reflecting my interest in Translation and Gender Studies. The present piece of research studies the Portuguese translations from American author Louisa May Alcott’s novel Little Women, which were made and published during Estado Novo or “New State” (1933-1974). This book was initially published in 1868 with the title Little Women or Meg, Jo, Beth and Amy and a second part followed in 1869; in 1880, a publisher called Roberts Brothers published both parts, as a single volume, under the name of Little Women or Meg, Jo, Beth and Amy – Parts I and II. In this work only the first part is analysed, albeit reference is made, whenever appropriate, to the changes the 1880’s version has undergone. This study stems from an inventory as thorough as possible, of translations done in Portugal during the Estado Novo, or “New State” (1933-1974), that are depicted here. The corpus comes from a selection respecting three criteria: translations being published during Estado Novo, conceiving translations while youth novels and the straightforward nature of the translations. Thus, the following translations were selected for comment and analysis: a 1st edition from Portugália Editora (1943), translated by Maria da Graça Moura Brás, a 4th reprint of this edition (n.d.), a translation published by Livraria Civilização (1957), with no reference to the translator, the book Quatro Raparigas (Four Girls), by Maria Paula de Azevedo (1958), and an edition from Círculo de Leitores (1971), that follows the text from Portugália Editora, revised by Mouro Pires. The work is focused around one of the female characters in the novel, Jo March; Through both her disposition and language used, which reflect little accordance to the ideologically conveyed female role model of those times, a question is brought up of how she must have been looked upon by the ideological apparatus of the target context, including the possibility of tampering with the Portuguese texts, in accordance with the ideological framework of Estado Novo. To test this hypothesis, ideological coordinates are drawn, concerning the image and role of women in the social background of that time. A distinction between original text and translations was then undertaken with the intent to check to what extent was there a manipulation and subsequent reconfiguration of the character, which allowed the identification of procedures and diverse translation strategies, generally in line with its ideological dimension. It was a concern to put the points of agreement and disagreement down in black and white, regarding the solutions found by the various translators and the way their decisions have influenced the comprehension of Little Women provided to the Portuguese readers. The present thesis follows an empirical and descriptivist approach - a more prolific methodology - based on inputs from the Descriptive Translation Studies. |
Descrição: | Tese de doutoramento em Letras, Área de Estudos de Tradução, especialidade de Teoria, História e Práticas da Tradução, apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra | URI: | https://hdl.handle.net/10316/23762 | Direitos: | embargoedAccess |
Aparece nas coleções: | FLUC Secção de Estudos Anglo-Americanos - Teses de Doutoramento |
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