Please use this identifier to cite or link to this item:
https://hdl.handle.net/10316/24419
DC Field | Value | Language |
---|---|---|
dc.contributor.advisor | Lousa, António | - |
dc.contributor.author | Machado, Rui Pedro | - |
dc.date.accessioned | 2013-10-16T10:59:27Z | - |
dc.date.available | 2013-10-16T10:59:27Z | - |
dc.date.issued | 2013-06 | - |
dc.identifier.uri | https://hdl.handle.net/10316/24419 | - |
dc.description | Dissertação de Mestrado Integrado em Arquitectura, apresentada ao Departamento de Arquitectura da F. C. T. da Univ. de Coimbra. | por |
dc.description.abstract | Foi durante a preparação desta tese de mestrado que me surgiu a oportunidade de realizar um estágio, com uma bolsa da universidade, num conceituado atelier europeu. O fascínio e curiosidade pelas obras de Antón Garcia-Abril e o seu atelier Ensamble Studio não me deixaram dúvidas na hora de escolher e rapidamente parti para Madrid. Nos quatro meses de estágio a minha colaboração, entre outros projectos, esteve centrada no desenvolvimento de estruturas em poliestireno expandido. O objectivo era claro; criar um novo sistema construtivo utilizando apenas este material, Construímos uma viga em I com 1,5 metros de altura e 16 metros de comprimento, aplicando a lógica do betão pós-esforçado na sua construção - com duas linhas de cabo pós-tencionado e um revestimento à base de resinas - mas com um material que, virtualmente, não pesa nada. Utilizamos poliestireno expandido de 30kg/m3 de densidade o que confere à viga uma excelente resistência à compressão. Num dos testes realizados, apoiamos a viga pelos extremos e todo o atelier se sentou em cima dela, 12 pessoas, cerca de 1000kg, o equivalente a cerca de 4 ou 5 vezes o peso da viga, sendo que esta apenas deformou 1,5 centímetros. Se compararmos os valores com uma viga de betão, equivale a 100 toneladas sobre uma viga de 25 toneladas. Os cabos pós-tencionados carregam todo o peso e oferecem resistência à compressão exercida na massa da viga, tal como no betão mas eliminando 25 toneladas de peso. Esta arquitectura desafia as suposições contemporâneas sobre composição, montagem e pré-fabricação. Ao eliminar os pesos mortos da construção prevalecerá a leveza e a flexibilidade. A gravidade torna-se quase irrelevante, ao contrário do vento e das cargas vivas (pessoas e objectos) que são o principal ponto a considerar. A ideia de romper com o paradigma de como os edifícios são construídos, privilegiando o fabrico destes, ficou-me marcada na experiência que tive em Madrid. Através do exercício de desenho e com o uso e o desenvolvimento de um certo material e de uma certa tecnologia é possível alcançar novos conceitos tectónicos. Assim pretendo criar um produto que seja revolucionário a todos os níveis e que traga um novo conceito associado à sua tecnologia, o que implica a introdução de diferenças no desenho do projecto. Este novo sistema construtivo permite usufruir das vantagens proporcionadas pela pré-fabricação como o tempo, a sustentabilidade, a segurança ou a qualidade, inalcançáveis na construção tradicional. À medida que trabalhava com o poliestireno expandido fui desenvolvendo uma vontade de o associar à minha vida profissional como arquitecto. Assim, envolto num panorama social adverso, procurei aplicar os conhecimentos adquiridos em arquitectura para desenvolver um projecto inovador. É então que se inicia o interesse num conceito abandonado em meados do século passado, a Mega-estrutura. Um sistema construtivo à base de poliestireno expandido (leve, barato e móvel) é o sistema ideal para conjugar com uma estrutura desenvolvida para suportar e alimentar módulos habitacionais, construídos previamente. Deste modo, é fácil criar um negócio que tem como público-alvo jovens a estudar longe da terra natal, proporcionando-lhes a possibilidade de obter uma casa por um preço mais reduzido que o aluguer de um apartamento durante o período de estudos. Assim, é possível desenvolver uma dinâmica de rotatividade que oferece uma nova vida a um conceito que, no século passado, ficou ligado a utopias inconsequentes construtivamente. O próprio conceito de Mega-estrutura está bastante ligado ao momento que atravesso, quer pelo fim do ciclo de estudos, quer pelo panorama actual de crise. Foi em revolta contra o Movimento Moderno e por falta de soluções no mercado de trabalho, que os Archigram, os Superstudio e os Metabolistas japoneses desenvolveram utopias à volta de um conceito novo na época. A perseverança destes recém arquitectos em expor as sociedades em que viviam e a falta de condições de trabalho que lhes era apresentada foi demonstrada ao mundo através da criação de imagens sublimes e projectos icónicos. Extasiados pela ligação entre as novas tecnologias e a arquitectura, reinventaram a educação sobre a matéria, chegando a antever a revolução na informação com bastante antecedência. É, então, natural o aparecimento de projectos que procuravam alterar e chocar uma sociedade que acabava de sofrer com as consequências de uma grande guerra, necessitando portanto, de mudança. No primeiro capítulo desta tese viajo até aos anos 60 procurando compreender as motivações dos grupos que estão ligados à história da mega-estrutura, tentando também, compreender o que falhou nas suas abordagens. No capítulo seguinte faço uma recolha de dados específicos sobre as capacidades físicas do poliestireno expandido e das vantagens que este material oferece à construção nos dias de hoje. Por último, apresento a INTO THE BOX, que é uma marca que vende módulos habitacionais que, caso seja do interesse do cliente, pode ser alocada numa das várias mega-estruturas espalhadas pelo país. Estas mega-estruturas estão disponíveis, preferencialmente, junto a universidades permitindo, aos clientes da marca, espaço para alocar o seu módulo, fornecendo-lhEsta tese pretende ser mais que uma simulação de um projecto inovador. Into the Box é uma marca que tem como intenção projectar-se para o mundo empresarial com um plano de acção sustentado. A sua pertinência sustenta-se no panorama actual de crise económica; no reaproveitamento do conceito de Mega-estrutura tornando-a viável na sociedade actual e servindo-se das potencialidades mecânicas do poliestireno expandido; e no empreendedorismo proveniente da reflexão sobre o campo empresarial a que o arquitecto tem de estar preparado. Portanto, Into the Box: o Panorama Actual, a Mega-estrutura, o Poliestireno Expandido e o Empreendedorismo. também, água, energia e facilidades. | por |
dc.language.iso | por | por |
dc.rights | openAccess | por |
dc.subject | Empreendedorismo | por |
dc.subject | Mega, estrutura | por |
dc.subject | Poliestireno expandido | por |
dc.title | Into the box : o panorama actual, a mega-estrutura, o poliestireno expandido e o empreendedorismo | por |
dc.type | masterThesis | por |
dc.peerreviewed | Yes | por |
item.grantfulltext | open | - |
item.openairecristype | http://purl.org/coar/resource_type/c_18cf | - |
item.fulltext | Com Texto completo | - |
item.openairetype | masterThesis | - |
item.cerifentitytype | Publications | - |
item.languageiso639-1 | pt | - |
Appears in Collections: | UC - Dissertações de Mestrado FCTUC Arquitectura - Teses de Mestrado |
Files in This Item:
File | Description | Size | Format | |
---|---|---|---|---|
2013_Rui Pedro Machado_INTO THE BOX.pdf | 12.31 MB | Adobe PDF | View/Open |
Page view(s) 20
666
checked on Oct 29, 2024
Download(s) 50
542
checked on Oct 29, 2024
Google ScholarTM
Check
Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.