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Título: Estudos de validação do Montreal Cognitive Assessment (MoCA) na esclerose múltipla: análise da equivalência das versões alternativas 2 e 3 e exploração do perfil de desempenho cognitivo
Autor: Santiago, Joana Sofia Marques 
Orientador: Santana, Maria Isabel Jacinto
Freitas, Sandra
Simões, Mário Manuel Rodrigues
Palavras-chave: Avaliação psicológica; Defeito cognitivo ligeiro; Esclerose múltipla
Data: 31-Out-2014
Título da revista, periódico, livro ou evento: Estudos de validação do Montreal Cognitive Assessment (MoCA) na esclerose múltipla: análise da equivalência das versões alternativas 2 e 3 e exploração do perfil de desempenho cognitivo
Local de edição ou do evento: Coimbra
Resumo: O Montreal Cognitive Assessment (MoCA) é um instrumento breve de rastreio cognitivo que tem revelado uma elevada sensibilidade às formas de declínio cognitivo ligeiro. Estudos prévios comprovam a utilidade do MoCA na deteção de possíveis disfunções cognitivas em várias condições clínicas, nomeadamente na Esclerose Múltipla (EM). Com vista a reduzir possíveis efeitos de aprendizagem decorrentes da administração repetida desta prova em estudos de follow-up clínico, foram desenvolvidas duas formas alternativas do MoCA. Objetivos: O Estudo 1 pretende contribuir para a validação das versões alternativas do MoCA em pacientes com EM; o Estudo 2, tem por objetivo explorar e comparar o perfil de desempenho cognitivo entre os pacientes com EM e os doentes Defeito Cognitivo Ligeiro (DCL) do tipo degenerativo. Métodos: As três versões do MoCA foram administradas (intervalo médio = 29 dias) a uma amostra de pacientes com EM, tendo a 1ª versão (V1) sido administrada sempre em 1º lugar e as versões alternativas de forma contrabalanceada. Adicionalmente, em cada momento de avaliação foi também administrado o MMSE, sempre precedendo as versões do MoCA. Os pacientes do grupo clínico DCL realizaram apenas um momento de avaliação em que foram administrados o MMSE e o MoCA (V1), nesta ordem fixa. Resultados: No Estudo 1, foram avaliados 57 pacientes com EM, 86% do sexo feminino, com uma média de idades de 44.33 (± 11.74) anos e 12.25 (± 4.27) anos de escolaridade. As três provas revelaram boa consistência interna, respetivamente: .83, .85 e .85 e as correlações observadas são indicadoras de validade convergente e de constructo. A análise de regressão linear comprovou a influência significativa da idade e escolaridade nos resultados das 3 versões, com o modelo a explicar, respetivamente, 51%, 48% e 48% da variância total dos resultados. A idade de início da sintomatologia dos pacientes com EM foi a única variável clínica com capacidade preditiva significativa relativamente aos resultados obtidos nas três versões do MoCA, explicando, respetivamente, 12.6%, 11% e 8% da variância total dos resultados. O resultado médio na V1 foi 23.33 pontos, na 2ª (V2) de 24.28 pontos e na 3ª (V3) de 24.16 pontos. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre a V2 e V3 (t=.483, gl=56, p=.631) que foram administradas de forma contrabalanceada. No Estudo 2, foram avaliados 57 pacientes com DCL, 52.6% do sexo feminino, com uma média de idades de 74.49 (± 7.28) anos e 5.56 (± 3.37) anos de escolaridade. Foi possível verificar que os grupos clínicos EM e DCL apresentam desempenhos cognitivos globais não estatisticamente diferentes quer no MMSE quer na V1 do MoCA. No entanto, verificaram-se diferenças estatisticamente significativas ao nível dos domínios cognitivos comprometidos, com melhores desempenhos para o grupo clínico EM nos domínios da Função Executiva, Capacidade Visuo-espacial, Linguagem e Orientação. Conclusões: As três versões do MoCA revelam boas propriedades psicométricas para a avaliação dos pacientes com EM, tendo os resultados evidenciado a equivalência entre as V2 e V3 (Estudo 1) e os grupos clínicos EM e DCL apresentam desempenhos cognitivos globais similares, embora o grupo da EM tivesse um desempenho superior nalguns domínios (Estudo 2).
The Montreal Cognitive Assessment (MoCA) is a brief cognitive screening instrument that has shown a high sensitivity to mild forms of cognitive decline. Previous studies demonstrate the utility of the MoCA in the detection cognitive dysfunction in various clinical conditions, including the Multiple Sclerosis (MS). In order to reduce possible learning effects resulting from repeated exposition to the test during clinical follow-up, two alternative forms of administration MoCA were developed. Objectives: Study 1 aims to contribute to the validation of alternative versions of the MoCA in patients with MS and Study 2, explore and compare the profile of cognitive performance among patients with MS and degenerative Mild Cognitive Impairment (MCI). Methods: The three versions of MoCA were administered (mean interval = 29 days) to a sample of patients with MS, with the 1st version (V1) always administered in 1st place while the alternative versions were presented in counterbalanced manner. Additionally, at each stage of assessment, MMSE was also administered before each version of MoCA. Patients in the clinical MCI group performed only one assessment including both tests - the MMSE and the MoCA (V1), in this fixed order. Results: In Study 1, we assessed 57 patients with MS, 86% female, with an average age of 44.33 (± 11.74) years and 12.25 (± 4.27) years of schooling. The three tests showed good internal consistency, respectively .83, .85 and .85 and the observed correlations are indicators of convergent validity and construct. The linear regression analysis showed the significant influence of age and education on the results of the three versions, with the model explaining, respectively, 51%, 48% and 48% of the total variance of the results. The age of onset of symptoms in patients with MS was the only clinical variable with significant ability to predict the results obtained in the three versions of MoCA, explaining, respectively, 12.6%, 11% and 8% of the total variance of the results. The average result was 23.33 points in V1, the 2nd (V2) of 24.28 points and in 3rd (V3) of 24.16 points. There were no statistically significant differences between the versions that were administered counterbalanced (V2 and V3; t=.483, gl=56, p=.631). For Study 2, we evaluated 57 patients with MCI, 52.6% female, with an average age of 74.49 (± 7.28) and 5.56 years (± 3.37), years of schooling. We were able to confirm that the clinical groups MS and MCI did not present statistically different global cognitive performance in either the MMSE or MoCA V1. However, there were statistically significant differences in the cognitive domains analyzed with the MS group performing at a higher level in Executive Function, Visuospatial Skills, Language and Orientation domains. Conclusions: The three versions of MoCA show good psychometric properties for the evaluation of patients with MS, and the results demonstrated the equivalence between V2 and V3 (Study 1) and clinical groups MS and MCI have similar global cognitive performance, although the MS group performed at a higher level in some domains (Study 2).
Descrição: Dissertação de mestrado em Psicologia Clínica e Saúde (Psicogerontologia Clínica), apresentada à Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/28369
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado
FPCEUC - Teses de Mestrado

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