Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/31580
Title: O escrutínio ósseo. Uma abordagem histomorfométrica na estimativa da idade em antropologia forense
Authors: Gomes, Ricardo Filipe Afonso de Melo Pessoa 
Orientador: Cunha, Eugénia
Keywords: Histomorfometria; Idade à morte; Biologia do esqueleto; Clavícula; Ciência forense
Issue Date: 2012
Citation: GOMES, Ricardo Filipe Afonso de Melo Pessoa - O escrutínio ósseo. Uma abordagem histomorfométrica na estimativa da idade em antropologia forense. Coimbra : [s.n.], 2012. Dissertação de Mestrado em Evolução e Biologia Humanas.
metadata.degois.publication.location: Coimbra
Abstract: A idade à morte é um dos parâmetros a ser estimado pelo antropólogo forense, aquando da construção do perfil de um determinado indivíduo. O objectivo de tal análise é tentar estabelecer uma relação entre a idade cronológica e a idade biológica dos resquícios ósseos. São várias as metodologias utilizadas, sendo que a abordagem morfológica, se apresenta como mais recorrente, pois é, de certa forma, mais intuitiva. Contudo, os métodos microscópicos podem, em determinadas situações, revelar-se de extrema utilidade. A estimativa da idade em adultos baseia-se na observação da senescência intrínseca ao indivíduo. Este processo fisiológico tem bases celulares, logo não é de estranhar que a histologia tenha vindo a ser usada como ferramenta para aceder às microestruturas, que permitem estabelecer uma relação com a idade. O ponto fulcral deste projecto é testar a aplicabilidade da histomorfometria óssea na estimativa da idade, através do uso de metodologias práticas e de fácil execução. Esta investigação pretende, com base numa amostra forense de clavículas provenientes de 18 indivíduos, 10 do sexo feminino e 8 do sexo masculino, estabelecer uma relação entre a idade à morte e dois componentes histológicos, a percentagem de osso não remodelado e aérea cortical relativa. Os resultados obtidos foram altamente condicionados pelo número da amostra tendo um carácter preliminar. Não foi possível estabelecer uma relação entre a percentagem de osso não remodelado e a idade, devido a um conjunto de situações condicionantes. Em relação à área cortical relativa, foi possível observar que esta exibe uma tendência para diminuir em indivíduos mais velhos, já que segundo os resultados obtidos, as principais diferenças encontram-se nos dois extremos etários. Os indivíduos mais jovens apresentam uma área cortical relativa superior (63,66%) quando comparados aos indivíduos mais velhos (57,96%). Esta variável parece ser ainda influenciada pelo sexo, chegando mesmo a existir, no grupo etário dos 40 aos 49 anos, uma diferença de aproximadamente 16%. Sempre que possível, os resultados obtidos, ou a falta destes, foram analisados criticamente, sendo que o condicionamento da amostra revelou-se um grande impedimento ao presente estudo. Um balanço geral da metodologia usada, quer ao nível da preparação para a histologia, quer na análise microscópica e com recurso ao scâner. Esta última revelou-se de mais fácil aplicação, embora careça de resultados mais fidedignos. O desenvolvimento de investigações, que visem a aplicação da histologia na estimativa da idade, é um processo premente e basilar, dado existirem empiricamente menos estudos na área, comparativamente aos métodos morfológicos. Deste modo, pensa-se que apesar dos resultados obtidos, novos projectos poderão ser alcançados, com base na temática em estudo.
Age at death is one of the key objectives that need to be estimated by the forensic anthropologist, when building the profile of an individual. The aim of this analysis is to establish a relationship between chronological age and the age observed in human skeletal remains. Several methods are used for this purpose, and the morphological approach seems to be the most recurrent, because somehow it is more intuitive. However, the microscopic methods can, under certain circumstances, be extremely useful. The age estimation in adults is based on the observation of the natural senescence, inherent to the individual. This physiological process has a cellular basis, so it is not unpredictable that histology has been used as a tool to access these microstructures, which ultimately may de related with age. The main goal of this project is to test the applicability of bone histomorphometry in the estimation of age at death, through the use of methods that are, at its core, practical and easy to perform. The current investigation is based on forensic samples of clavicles from 18 individuals (10 females and 8 males). It was intended to establish a relationship between age at death and two histological components, the percentage of unremodeled bone and the relative cortical area. The results were highly conditioned by the sample. Therefore emphasis is placed in the preliminary character of those. It was not possible to establish an association between the percentage of unremodeled bone and age at death, due to a set of circumstances that restricted all the analysis. Regarding the analysis of the cortical relative area, it was possible to verify that this component presents a downward trend in older individuals, since the main differences were found in extreme ages. Thereby younger individuals present a higher value of cortical area (63,66%) when compared with older individuals (57,96%). This variable seems to be sexrelated, since in the age group of 40 to 49 years, it was possible to verify about 16% of difference between sexes. Whenever possible, all the results, or the lack of them, were critically analyzed. It is important to state that the sample size was a major drawback to this study. Nevertheless it was still possible to come up with some hypotheses that may in theory explain the results. A general deliberation of the methodology used was performed both in terms of the preparation for histology as well as towards the analysis of the microstructures per se. The examination that used the scanner proved to be easier to implement, although it lacks of reliable results. The development of investigations concerning the application of histology in age at death estimation is an urgent and fundamental process, since there are empirically fewer studies in the area when compared to macroscopic approach. Thus, in spite of the results we think that a path was opened to the enlargement of future studies that use histology as a tool for age estimation in a Portuguese sample.
Description: Dissertação de mestrado em Evolução e Biologia Humanas, apresentada ao Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.
URI: https://hdl.handle.net/10316/31580
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FCTUC Ciências da Vida - Teses de Mestrado

Files in This Item:
File Description SizeFormat
Tese Ricardo Gomes.pdf6.42 MBAdobe PDFView/Open
Show full item record

Page view(s) 50

666
checked on Oct 29, 2024

Download(s) 50

1,057
checked on Oct 29, 2024

Google ScholarTM

Check


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.