Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/37156
Título: Perinatal outcomes, risk perception and psychological adjustment in twin and singleton pregnancies: does assisted reproduction technologies makes the difference?
Autor: Costa, Maria João Alcaide 
Orientador: Domingues, Ana Patrícia
Pereira, Cristina Duarte
Palavras-chave: Gravidez gemelar; Procriação medicamente assistida; Resultados perinatais; Perceção de risco; Ajustamento psicológico
Data: Abr-2016
Resumo: Introdução: O número crescente de gravidezes gemelares é, em parte, devido, às técnicas de procriação medicamente assistida (PMA). A gravidez gemelar é uma condição de alto risco, geralmente associada a idade materna avançada e significativa morbilidade e mortalidade perinatal. O impacto da PMA nos resultados perinatais, perceção de risco e ajustamento psicológico não é, ainda, muito claro e os estudos existentes não são consensuais. Além disso, alguns resultados associados à PMA (ex. parto pré-termo) podem ser consequência de um elevado número de gravidezes gemelares e não da PMA per se. Assim, é importante compreender o impacto da PMA e distingui-lo do impacto causado por gravidez gemelar. Objetivos: Este estudo pretende comparar as diferenças nos resultados perinatais, perceção de risco e ajustamento psicológico entre gravidezes PMA e espontâneas e gravidezes gemelares e de feto único. Metodologia: Realizou-se num hospital universitário, um estudo prospetivo longitudinal com 32 gravidezes gemelares (17 espontâneas e 15 pós PMA) e 52 gravidezes de feto único (25 espontâneas e 27 pós PMA). Ansiedade, depressão e perceção de risco foram avaliadas através de questionários de autorresposta, adaptados para a população portuguesa. Dados relativos aos resultados perinatais foram colhidos dos processos clínicos. A colheita de dados ocorreu em quarto momentos diferentes: primeiro, segundo e terceiro trimestres de gravidez e um mês após o parto. Resultados: A diferença da média da idade materna nos diferentes grupos não foi estatisticamente significativa (p=0.665). O tempo de duração da relação conjugal foi maior no grupo PMA (gemelar) (p=0.031). O grupo PMA (gemelar e feto único) tem um número significativamente mais elevado de consultas obstétricas e ecografias. O aumento de peso durante a gravidez, também foi maior no grupo PMA (gemelar e espontâneo) (p=0.001). Os resultados mostram que não há diferenças estatisticamente significativas na maioria dos resultados perinatais e na ansiedade, entre os grupos PMA e espontânea ao longo da gravidez. Houve diferenças estatisticamente significativas na depressão, entre os grupos de gravidez gemelar e de feto único e na preocupação com a relação nos grupos PMA (gemelar e feto único) e no grupo de gravidez gemelar espontânea (p=0.001). Conclusões: No nosso estudo não encontrámos diferenças estatisticamente significativas entre os grupos de gravidezes PMA e espontâneas para a maioria dos resultados perinatais. A perceção de risco e preocupação é maior no grupo PMA. Os níveis de ansiedade são similares em ambos os grupos, PMA e espontâneas e os níveis de depressão são diferentes não entre PMA e espontâneas, mas entre gemelar e feto único. Os nossos resultados sugerem que a PMA não tem um efeito negativo na saúde materna ou do feto, mas a gravidez gemelar, quer PMA quer espontânea requer particular atenção. Introduction: The growing number of twin pregnancies is due, in part, to the use of assisted reproduction technologies (ART).Twin pregnancy is a high-risk condition, generally associated with relevant maternal and perinatal morbidity and mortality. The impact of ART in perinatal outcomes, risk perception and psychological adjustment of twin pregnancies is not yet clear, as existing studies are not consensual. In addition, some findings associated with the use of ART (e.g. preterm birth) may be a consequence of the higher number of twin pregnancies, rather than the use of ART per se. Therefore, it is important to understand the impact of using ART and to distinguish this impact from the one caused by twin pregnancy. Objectives: This study aims to compare the differences in perinatal outcomes, risk perception and psychological adjustment between spontaneous and ART pregnancies and twin and singleton pregnancies. Methodology: A prospective longitudinal study with 32 twin (17 spontaneous and 15 ART pregnancies) and 52 singleton pregnancies (25 spontaneous and 27 ART pregnancies) was conducted in a university hospital. Anxiety, depression and risk perception were assessed using self-report questionnaires adapted for the Portuguese population. Data on perinatal outcomes was collected from the clinical file. Data collection occurred at four different times: first, second, and third trimester of pregnancy and at one month postpartum. Results: Difference in maternal mean age was not statistically significant (p=0.665). The duration of the couple relation was longer in ART twin group (p=0.031). ART group (twin and singleton) has significant higher number of obstetric appointments and ultrasounds. The weight gain during pregnancy was also higher in ART group (twin and singleton) (p=0.001). Results showed that there were no statistically significant differences in the majority of perinatal outcomes and anxiety between ART (twin and singleton) and spontaneous groups (twin and singleton) along the pregnancy. There are significant differences in depression between twin and singleton groups and in worries with relation in the ART group (twin and singleton) and spontaneous twin (p=0.001). Conclusions: In our study, we have not found statistically significant differences between ART and spontaneous pregnancies groups for the major perinatal outcomes. The perception of risk and worries are higher in the ART group. The anxiety levels are similar in both ART and spontaneous groups. Depression levels are different between twin and singleton groups, regardless of the method of conception. Our results suggest that ART does not have negative effect in fetal and maternal health, but twin pregnancy, either spontaneous or after ART has higher risk of pregnancy complications and emotional burden.
Descrição: Trabalho final do 6º ano médico com vista à atribuição do grau de mestre (área científica de obstetrícia) no âmbito do ciclo de estudos de Mestrado Integrado em Medicina.
URI: https://hdl.handle.net/10316/37156
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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