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https://hdl.handle.net/10316/89877
Título: | Contraceção nas doentes com transplantação de órgãos sólidossob imunossupressão | Outros títulos: | Contraception in solid organ transplant recipients under immunosuppression | Autor: | Gonçalves, Ana Marta Fagulha | Orientador: | Carvalho, Maria João da Silva Fernandes Leal | Palavras-chave: | Contraceção; Imunossupressão; Transplante; Contraception; Immunosuppression; Transplant | Data: | 19-Mar-2019 | Título da revista, periódico, livro ou evento: | Contraceção nas doentes com transplantação de órgãos sólidos sob imunossupressão | Local de edição ou do evento: | Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra | Resumo: | A transplantação de órgão sólido desencadeia o retorno dos ciclos ovulatórios e, em muitos casos, da fertilidade, surgindo a necessidade de uma contraceção segura e eficaz. O uso de imunossupressão em doses elevadas, o risco de infeção, possíveis interações medicamentosas e a instabilidade da função do enxerto levam a que a mulher deva permanecer sob contraceção durante pelo menos 2 anos.O objetivo deste estudo é uma revisão dos dados existentes relativamente à eficácia, segurança contracetiva e orientações clínicas para aconselhamento da mulher com transplante de órgão sólido, enquadrando o status do órgão transplantado, imunoterapia, capacidade de adesão e opção da mulher.A imunoterapia utilizada após transplantação inclui inibidores da calcineurina, azatioprina, micofenolato de mofetil e corticosteroides, sendo a combinação de imunossupressores frequente, permitindo a obtenção de efeitos sinérgicos e diminuição do risco de toxicidade. Imunossupressores como a prednisona, azatioprina e inibidores da calcineurina apresentam um risco de provocar malformações à nascença entre os 3% e 5%, semelhante ao da população em geral. Pelo contrário, o micofenolato de mofetil associa-se a níveis de teratogenecidade superiores, levando a alterações de desenvolvimento, morte fetal e a malformações como microtia, braquidactilia e fenda labial e palatina.No que diz respeito à contraceção recomendada, é necessário enquadrar o tipo de contraceção hormonal, interações medicamentosas, comorbilidades, função do enxerto e capacidade de compliance. Os sistemas intrauterinos são recomendados como primeira linha pela sua segurança, reversibilidade e utilização independente da mulher. O implante subcutâneo apresenta uma eficácia e perfil de segurança muito semelhantes a outros métodos de longa-duração. O progestativo oral isolado é outra opção de contraceção adequada para mulheres transplantadas e com contraindicação aos estrogénios. Já a contraceção hormonal combinada, apesar da elevada eficácia contracetiva em mulheres submetidas a transplante, associa-se a necessidade de adesão adequada e a risco cardiovascular, devendo ser considerada individualmente.A necessidade de contraceção em mulheres transplantadas deve ser orientada num contexto de equipa multidisciplinar, numa tentativa de explicação dos riscos e importância de protelar uma gravidez, associando um método elegível e eficaz. Solid-organ transplantation triggers the return of ovulatory cycles and, in many cases, fertility, arising the need for safe and effective contraception. The use of immunosuppression in high doses, the risk of infection, the possibility of drug interactions and the instability of graft function, lead to women having to remain under contraception for at least 2 years.The purpose of this study is therefore to carry out a literature review on existing data on contraceptive efficacy and safety, and clinical guidelines for counseling transplanted women with solid organ transplantation, including transplanted organ status, immunotherapy, adherence, and the women's choice.Immunotherapy used after transplantation includes calcineurin inhibitors, azathioprine, mycophenolate mofetil and corticosteroids. The combination of immunosuppressants is common, allowing synergistic effects and reducing the risk of toxicity. Immunosuppressants such as prednisone, azathioprine and calcineurin inhibitors present a risk of birth defects between 3% and 5%, which is similar to the general population. In contrast, mycophenolate mofetil is associated with teratogenicity levels higher than those observed in the general population, leading to developmental alterations, fetal death, and malformations such as microtia, brachydactyly and cleft lip and palate.Regarding to recommended contraception, it is necessary to take into account factors such the type of hormonal contraception, drug interactions, comorbidities, graft function and compliance capacity. Intrauterine systems are now recommended as the first line for their safety, reversibility and the fact that their use is not dependent on the woman's adherence.The subcutaneous implant has an efficacy and safety profile very similar to other long-lasting methods. Isolated oral progestogen is another contraception option suitable for transplanted women to whom estrogen is contraindicated. Regarding combined hormonal contraception, despite the high contraceptive efficacy in women undergoing transplantation, this method is associated with a cardiovascular risk and a need for adequate adherence, and should be considered individually.The need for contraception in transplanted women should be guided by a multidisciplinary team, in an attempt to explain the risks and importance of delaying pregnancy, with the association of an eligible and effective method. |
Descrição: | Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina | URI: | https://hdl.handle.net/10316/89877 | Direitos: | embargoedAccess |
Aparece nas coleções: | UC - Dissertações de Mestrado |
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