Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/94695
Title: A atividade turística e o seu impacto em processos de peacebuilding: O caso dos peace parks africanos
Other Titles: Tourism activity and its impact on peacebuilding processes: The case of African peace parks
Authors: Teixeira, Ana Margarida Costa Magalhães
Orientador: Lopes, Paula Duarte
Keywords: Peacebuilding; Transformação do conflito; Peace park; Turismo; África; Peacebuilding; Conflict transformation; Peace park; Tourism; Africa
Issue Date: 27-Feb-2020
metadata.degois.publication.title: A atividade turística e o seu impacto em processos de peacebuilding: O caso dos peace parks africanos
metadata.degois.publication.location: Coimbra, Portugal
Abstract: The concern for environmental protection within an increasingly globalised international system has led to the planning of transboundary conservation areas, among which peace parks aim to achieve or maintain peace across borders. Its establishment is seen as a potential way to reunite communities through cooperation. The concepts of peace park, environmental peacebuilding and the process of conflict transformation are directly related, as all share the same goal - to achieve a positive peace. A peace park shares the same methodology of a conflict transformation process, while including the environmental dimension of peacebuilding. Tourism is the largest and most global sector contributing to the financing of peace parks, so its introduction is seen as a potential solution to ensure both the long-term protection of natural resources and the satisfaction of the needs of impoverished people living near these protected areas. The positive relationship established between tourism and the sustainable development of peace parks has promoted a reflection on how tourism activity associated with peace parks contributes to peacebuilding processes. That is, how tourism promoted in these areas contributes to the achievement of a positive peace. The dissertation was based on the Great Limpopo Transfrontier Park as a case study, one of the first peace parks formally established in Southern Africa, and analysed the characteristics and impact, in practice, of some tourism initiatives implemented in the Park. It presents a unique opportunity to use tourism development as an agent to conserve the regional ecosystem and promote socio-economic development in a peacebuilding and sustaining peace context. The analyses of tourism practice conclude that tourism has positive influences on the development of peace parks and, consequently, positive contributions to peacebuilding. Tourism proves to have the potential to contribute to the sustainability of its regions, creating better living conditions for the local population and meeting the requirements for achieving peace. However, they also conclude that tourism may have the opposite effect and may not promote international co-operation and peace if national interests dominate, if there is insufficient consultation of the interests and needs of the local communities or if difficulties in overcoming sensitive border and land-use issues are not overcome. In order to avoid the negative impacts that tourism may have on the development of these parks, the stakeholders and tourism agents associated with them should work together to promote a trustworthy and resilient relationship between local communities and these agents.
A preocupação pela proteção ambiental dentro de um sistema internacional cada vez mais globalizado tem levado ao planeamento de Áreas Protegidas Transfronteiriças, entre elas os peace parks, que têm o objetivo de obter ou manter a paz entre fronteiras. O seu estabelecimento é visto como uma potencial forma de reunificar comunidades, através da cooperação. Os conceitos de peace park, peacebuilding ambiental e o processo de transformação do conflito relacionam-se de forma direta, pois todos partilham o mesmo objetivo – atingir uma paz positiva. Um parque para a paz partilha a mesma metodologia que um processo de transformação do conflito, enquanto inclui a dimensão ambiental do peacebuilding. O turismo é o maior e mais global setor que contribui para o financiamento dos peace parks, portanto a sua introdução é vista como uma potencial solução para assegurar tanto a proteção a longo prazo dos recursos naturais, como a satisfação das necessidades da população empobrecida que habita em proximidade destas Áreas Protegidas. A relação positiva que se estabelece entre o turismo e o desenvolvimento sustentável dos peace parks promoveu uma reflexão sobre a forma como a atividade turística associada a este conceito contribui para os processos de peacebuilding. Ou seja, de que forma o turismo promovido nestas áreas contribui para a obtenção de uma paz positiva. A dissertação baseou-se no Parque Transfronteiriço do Grande Limpopo como estudo de caso, um dos primeiros peace parks formalmente estabelecidos na África Austral, e analisou as características e o impacto, na prática, de algumas iniciativas turísticas implementadas no Parque. Ele apresenta-se como uma oportunidade única para utilizar o desenvolvimento do turismo como agente de conservação do ecossistema regional e de promoção de desenvolvimento socioeconómico, num contexto de construção e consolidação de uma paz positiva. As análises à prática turística concluem que esta tem influências positivas no desenvolvimento dos peace parks e, consequentemente, contributos positivos para o peacebuilding. O turismo prova ter potencial para contribuir para a sustentabilidade das regiões em que se insere, criando melhores condições de vida para a população local e cumprindo requisitos necessários para se atingir a paz. No entanto, conclui-se também que o turismo poderá ter um efeito inverso e não promover a cooperação e paz internacionais, caso haja um domínio dos interesses nacionais, uma insuficiente consulta dos interesses e necessidades das comunidades locais ou uma dificuldade em ultrapassar questões fronteiriças sensíveis e relativas à utilização da terra. De forma a evitar os impactos negativos que o turismo poderá ter no desenvolvimento dos parques, os stakeholders e agentes de atividade turística associados a eles deverão trabalhar em conjunto, para promover uma relação resiliente e de confiança entre as comunidades locais e esses agentes.
Description: Dissertação de Mestrado em Relações Internacionais - Estudos da Paz, Segurança e Desenvolvimento apresentada à Faculdade de Economia
URI: https://hdl.handle.net/10316/94695
Rights: openAccess
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