Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/96187
Title: Cristalizações de memórias alheias: a guerra colonial na escrita da pós-memória de Paulo Faria
Other Titles: Crystallizations of alien memories: the colonial war in Paulo Faria’s postmemory writing
Authors: Cammaert, Felipe 
Keywords: Pós-colonialismo; Pós-memória; Guerra colonial; Portugal; Paulo Faria; Postcolonialism; Postmemory; Colonial War; Portugal; Paulo Faria
Issue Date: 27-Oct-2021
Publisher: Universidade Federal Fluminense
Project: info:eu-repo/grantAgreement/EC/H2020/648624/EU 
metadata.degois.publication.title: Abril: Revista do Núcleo de Estudos de Literatura Portuguesa e Africana da UFF
metadata.degois.publication.volume: 13
metadata.degois.publication.issue: 27
metadata.degois.publication.location: Niterói
Abstract: Na escrita de Paulo Faria, a apropriação das memórias alheias da guerra colonial portuguesa em África materializa-se em dois âmbitos complementares e, contudo, autónomos. Por um lado, o ponto de partida da escrita ficcional de Faria é a cristalização, na escrita e pela escrita, da memória do pai sobre a experiência colonial. Desde a perspetiva do filho, esta depuração da memória é representada em termos de uma guerra através da escrita, no intuito de reviver a experiência traumática do pai. Por outro, no processo de constituição da pós-memória, a visão do herdeiro é composta igualmente pelas narrativas das testemunhas diretas da guerra colonial, nomeadamente as dos militares que estiveram em Moçambique com o pai. Porém, nesse processo de construção de uma pós-memória pelo filho, acontece que, em ocasi.es, estas testemunhas interrogam a visão do descendente quando transformada em ficção. Ora, a resposta de Faria vai precisamente no sentido de insistir no caráter ficcional – e, sobretudo, mediado – da sua escrita, que sempre tem em conta o facto de se tratar apenas de uma memória de segunda mão.
In Paulo Faria’s writing, the appropriation of alien memories of the Portuguese colonial war in Africa is materialized in two complementary and yet autonomous spheres. On the one hand, the starting point of Faria’s fictional writing is the crystallization, in writing and through writing, of his father’s memory of the colonial experience. From the son’s perspective, this purification of memory is shown as a war through writing, in order to relive the father’s traumatic experience. On the other hand, in the process of constituting postmemory, the heir’s vision is also composed by the narratives of the direct witnesses of the colonial war, namely those of the military who served in Mozambique with his father. However, in this process of construction of a postmemory by the son, these witnesses sometimes question the vision of the descendant when transformed into fiction. Faria’s response relies precisely in insisting on the fictional – and, above all, mediated – nature of his writing, which always takes into account the fact that it is merely a second-hand memory.
Description: MEMOIRS - Children of Empires and European Postmemories (648624)
URI: https://hdl.handle.net/10316/96187
ISSN: 1984-2090
DOI: 10.22409/abriluff.v13i27.50684
Rights: openAccess
Appears in Collections:I&D CES - Artigos em Revistas Internacionais

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